A MINHA VERSÃO DO AMOR – Barney’s Version

Cartaz do filme A MINHA VERSÃO DO AMOR – Barney’s Version

Opinião

Cada um tem a sua versão do amor e dos acontecimentos, muitas vezes de acordo com o que convém enxergar naquele momento. A versão de Barney Panofsky é assim. Só sua. Ele faz e se desfazer dos casamentos, dos empregos, das amizades, das aventuras e desventuras durante anos. Acaba sendo beneficiado por esse temperamento apaixonado pela vida, mas ao mesmo tempo é vítima de um emocional que transborda o tempo todo, em todas as esferas.

Baseado no livro Barney’s Version, de Mordecai Richler, A Minha Versão do Amor passa pelos 40 anos da vida de Barney, desde sua juventude, suas liberdades, seus dois primeiros casamentos e seu verdadeiro
amor. Traça um panorama divertido, por vezes melancólico, mas sempre sensível da relação com a família, com o pai (o ótimo Dustin Hoffman, também em Tinha que Ser Você), com sua terceira esposa (Rosamund Pike), com os amigos, com suas escolhas e com aquilo que a saúde não o deixou escolher.

De extraordinária, a história não tem muita coisa. É uma história de vida e de um amor – portanto, sem medo de errar, para ver bem acompanhado. O que prende a atenção e acaba emocionando é o enfoque humano, a maneira como são mostradas as dificuldades de lidar com a perda, com o medo, com o ciúme, com a insegurança – sem falar que a escolha do ator Paul Giamatti para o papel dá veracidade e autenticidade ao que se vê na tela. E isso foi essencial. Seja qual for a sua  versão do amor, esteja certo que a de Barney é a que fez ele acreditar que tudo poderia dar certo. E é a versão dele que vai prender a sua atenção. O resto aqui não tem a menor importância.

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