A ESTRADA – The Road

Cartaz do filme A ESTRADA – The Road
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Opinião

A Estrada tem um tom caótico, apocalíptico, de fim de mundo. Realmente, o mundo termina. Morre tudo: natureza, seres humanos e qualquer esperança de vida. Resta a sobrevida. Lembra bastante o clima de O Livro de Eli e o caos e desespero geral de O Ensaio sobre a Cegueira. Aquele caos instalado, sem luz no fim do túnel. Aliás, sem qualquer luz. O filme é escuro, sombrio, cinza. Assim como deve ser o mundo sem verde, queimado, destruído, frio.

A Estrada é o caminho que os sobreviventes tem de seguir após não restar mais comida. Seguir a estrada rumo ao sul, apesar dos marginais, bandidos, canibais que roubam tudo e todos pelo caminho. O que faz deste filme emocionante é a relação entre pai e filho. Os sobreviventes, já que a mãe não pode suportar o fato de simplesmente ter de sobreviver. Para ela, era preciso viver. Pai (Viggo Mortensen, também em Um Método Perigoso, Um Homem Bom) e filho buscam juntos comida e abrigo, e formam um vínculo fortíssimo, uma cumplicidade que não é capaz de se desfazer, nem diante da possibilidade de duas balas terminarem o sofrimento para sempre.

Sem esperar nada, me deparei com um filme que discute o extremo, a possibilidade de o homem ter de lidar com a destruição de tudo que foi construído, com os excessos praticados contra a natureza, contra os povos, contra o convívio. O que restaria, quem sobreviveria? Homens bons, homens maus. Como sempre.

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