DEBATE sobre DE CABEÇA ERGUIDA (La Tête Haute)

O assunto dá pano pra manga e merece ser discutido. E De Cabeça Erguida, filme de abertura do Festival de Cannes deste ano, com a sempre espetacular Catherine Deneuve, vale seu ingresso com certeza. A estreia é só dia 17, mas a Mares Filmes fará duas sessões especiais de pré-estreia com debate em São Paulo e Salvador (veja abaixo).

E tem espaço pra isso. Além de ser um drama emocionante em si – pelo teor do tema e da dramaticidade dos personagens – o filme de Emmanuelle Bercot aborda algo confuso e polêmico aqui no Brasil: a maioridade penal. O filme gira em torno de um garoto que vem de uma família desestruturada, fica um tempão na mão do Estado e de assistentes sociais, comete crimes e sofre as penas, e tem uma juíza da infância e da adolescência (Deneuve) que o acompanha nos 10 anos críticos de sua vida.

Aproveite, é uma chance interessante de sair do comum, pensar sobre um tema importante em qualquer sociedade e, de quebra, assistir a um filme maravilhoso.

 


PROGRAME-SE:

 

o que: SESSÃO ESPECIAL + RODA DE CONVERSA | Conversa sobre Maioridade Penal e o Sistema Sócio-Educativo | com a educadora Milena Mateuzi Carmo e a juíza Dora Martins

quando: 11 de setembro, às

onde: Espaço Itaú de Cinema Augusta (Rua Augusta, 1.475 – Sala 1 – São Paulo/SP)

Milena Mateuzi Carmo, educadora do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo, mestranda em antropologia social pela Universidade de São Paulo, atua na área de juventude e direitos humanos há mais de 10 anos junto há ONGs, Estado e movimentos sociais. Nos últimos três anos desenvolve práticas de justiça restaurativa na periferia da cidade junto à coletivos de jovens, instituições e serviços das políticas sociais.

Dora Martins é uma juíza conhecida por suas decisões criativas e por envolver-se em causas sociais, como a igualdade de gêneros e de raças. É famoso também o seu gosto por casos que exijam corpo a corpo e uma boa dose de sensibilidade. “Ela vai além dos autos”, afirma o desembargador Antônio Carlos Malheiros. Entre 2003 e 2005, a magistrada esteve no Timor Leste em uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar a formar um Judiciário no novo país. No Brasil, a paulista de Botucatu foi uma das primeiras a autorizar a adoção de menores por casais homossexuais. Há cinco anos atua na Vara Central da Infância e da Juventude, em São Paulo.(Dora Aparecida Martins, 60 anos, juíza


o que: SESSÃO ESPECIAL + DEBATE | com o desembargador Salomão Resedá, ex-juiz da Vara da Infância e Juventude.

quando: 15 de setembro, às 19h30

onde: Saladearte UFBA | Salvador