UMA PROVA DE AMOR – My Sister’s Keeper

Cartaz do filme UMA PROVA DE AMOR – My Sister’s Keeper

Opinião

É verdade que Uma Prova de Amor é triste. Claro que sim. Toda família acometida pelo câncer sofre com o antes, o durante e o depois da doença. Neste caso, que envolve crianças, é particularmente tocante para quem tem filhos da mesma idade ou já vivenciou histórias parecidas. Não tem como não ser dramático, mas acho que não é esse o ponto principal do filme. Assim como também não acho que seja a doença em si, nem mesmo a luta de Kate (Sofia Vassilieva) – que aliás, tem um astral muito bom apesar dos pesares.

O que me tocou foi a postura das mulheres ao seu redor: sua irmã Anna (Abigail Breslin, também em Pequena Miss Sunshine) e sua mãe Sara (Cameron Diaz). A começar pela irmã, a narradora da história, ela já começa contando que foi concebida in vitro para ser compatível com a irmã e poder ser sua doadora. De cara já é um discurso maduro e calejado para uma menina de 11 anos. Tem surpresa no fim do filme e não quero estragar. Mas já digo que adorei a atuação de Anna. Uma atriz e tanto.

Cameron Diaz, além de linda, também mostra a que veio. Quem é mãe, sabe que seria capaz de dar a vida por um filho. Toda esperança é uma fonte inesgotável de uma vida que escapa pelas mãos. E é assim que essa mãe se sente, não tem olhos mais para nada – nem para si mesma – e vai ao limite para ver a filha curada. É o amor maternal que gera cegueira e que é muito, mas muito mais forte do que a cruel realidade.

É dessas duas almas femininas que vem parte da “prova de amor” do título. Enquanto o olhar masculino do irmão e do pai (Jason Patric) são mais objetivos e ajudam a dar um rumo à vida familar, as mulheres se doam completamente. Talvez por ter acompanhado há alguns anos uma história semelhante, senti demais essa entrega materna, cega e amorosa, por um filho. Parece que é isso mesmo – uma mãe realmente trocaria de lugar com um filho. Se fosse possível.

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