DOIS LADOS DO AMOR – The Disappearence of Eleanor Rigbt: Them

Cartaz do filme DOIS LADOS DO AMOR – The Disappearence of Eleanor Rigbt: Them

Opinião

O título em português, Dois Lados do Amor, estraga um dos pontos fortes do filme: o fato de ele ser diferente. Dizer que “o amor tem dois pontos de vista” é um clichê e tanto, o que contradiz com a proposta e o olhar desta produção. Não se trata de um filme romântico convencional. Aliás, é um filme duro, daqueles de desencontros constantes, de luto, de busca, de frustrações e de belos diálogos. Eu teria aproveitado essa deixa do título original, chamando-o de O Desaparecimento de Eleanor Rigby. Assim você já saberia de cara que não se trata de uma simples e corriqueira história de amor.

Aliás é um dramalhão e tanto, superbem interpretado pelo casal Jessica Chastain (A Hora Mais Escura, Interestelar, A Árvore da Vida) e James McAvoy (X-Men, O Último Rei da Escócia). Eles se separam, a mágoa e o sofrimento são imensos e profundos. Senti algo parecido com essa tristeza no filme de Sarah Polley, Entre o Amor e a Paixão. Percebe-se que há amor, mas a vida tomou rumos inesperados e eles já não sabem mais como tocar o barco juntos.

Recheado de bons atores, como o sábio casal formado por William Hurt e Isabelle Hupert, preste atenção à personagem de Viola Davis e aos seus diálogos com Eleanor. Inteligência com um toque sutil de desesperança; um jogo de palavras perspicaz e cheio de meias verdades e possíveis interpretações. Dois Lados do Amor pode ter título básico, mas não diria o mesmo de seu conteúdo.

O interessante é que Ned Benson fez dois filmes antes deste, com o mesmo título, só mudando o final “Them”. Um deles era “He”, o outro, “She”, mostrando o ponto de vista dele e dela sobre o relacionamento. Deve ser interessante, porque da maneira com Eleanor e Conor se comportam e se sentem, há de fato muita relação para ser discutida.

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