Opinião

A sinopse parece piegas, mas é baseado em fatos reais – o que já torna o filme mais interessante. Imagine só você sofrer um acidente, perder a memória e não se lembrar nada da sua vida de casado/a, nem mesmo de seu marido/mulher. Sua única referência são a infância e juventude, fatos anteriores à uma grande mudança de vida. Assim aconteceu com a personagem de Page (Rachel McAdams, também em Uma Manhã Gloriosa, Meia-Noite em Paris, Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras). Não reconhece o marido Leo (Channing Tatum), que é apaixonado por ela e tenta, de todas as maneiras, fazer com que ela consiga amá-lo novamente da mesma maneira.

Mesmo explicando, ainda soa piegas, eu sei. Também achei, mas confesso que Para Sempre é gostoso de ver. É mais comédia romântica do que drama – a parte dramática da história, que implicaria sofrimento é tratada bem superficialmente. Claro que o filme não tem grandes pretensões, mas cumpre o papel de ser romântico – daqueles para ver bem acompanhado. Costumo ser exigente com esse gênero e não engulo muita coisa que tem por aí – sou bem direta neste aspecto aqui no Cine Garimpo. Mas, como disse em Solteiros com Filhos, este também é um filme que entretém, conta com um casal empático e bonito, a toca no tema dos votos de casamento. Aquele em que se diz que o escolhido é para sempre. Daí o título em português, embora prefira o original, algo como “os votos de amor”, “a promessa”. Mas isso é detalhe. Nas vésperas do Dia dos Namorados, este é uma boa pedida.

Nos cinemas: 08 de junho