VIRANDO A PÁGINA – The Rewrite
Opinião
Hugh Grant me lembra Julia Roberts, que me lembra Um Lugar Chamado Notting Hill – o que há de mais charmoso em comédia romântica. Tem tudo de bom: atores competentes e boa liga entre eles, uma história leve e divertida, que dá vontade de ver várias vezes, bem acompanhado. Agora ele volta com Virando a Página – que tem também esses componentes, é variação do mesmo tema, mas é assunto que nunca se esgota.
Quando consegue escapar da mesmice, comédias românticas são deliciosas. Virando a Página (boa adaptação do original The Rewrite, que remete a algo como “reescrever a própria vida”) tem ainda um enredo original: Keith Michaels (Grant, também em Quatro Casamentos e Um Funeral, Razão e Sensibilidade) é um roteirista de Hollywood premiado com um Oscar, que não consegue mais trabalho e vai dar aulas em uma universidade para conseguir pagar as contas. Embora não valorize seu métier (escrever), a experiência de ensinar jovens a desenvolver sua veia criativa, acreditar no seu potencial e buscar a sua identidade de texto acaba mudando seu ponto de vista sobre sua própria profissão.
Ao lado de Marisa Tomei (também em O Amor é Estranho, Tudo pelo Poder, Amor a Toda Prova), Grant garante a tal da liga do casal romântico. É espirituoso, tem o humor – e o sotaque – do mais tradicional galã inglês e não é um sujeito óbvio por si só. Seus personagens que o digam!
DIREÇÃO e ROTEIRO: Marc Lawrence ELENCO: Hugh Grant, Marisa Tomei, J.K. Simmions, Allison Janney, Chris Elliott, Olivia Luccardi| 2015 (107 min)
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