VERMELHO BRASIL – Rouge Brésil
Opinião
Tentativa francesa frustrada de fundar uma colônia chamada França Antártica em 1555. Chegaram atrasados, os portugueses já estavam por aqui. Claro que não houve acordo, muito índio foi morto e os franceses voltaram para casa de mãos vazias. Será que teria sido melhor? Sabe-se lá. Fato é que essa tentativa é retratada em Vermelho Brasil, que também é uma série para televisão, em dois capítulos, baseada no romance homônimo de Jean-Christophe Rufin, vencedor do Prix Goncourt, importante prêmio literário. (Essa coisa de adaptar obras premiadas, como se fosse chancela para um bom filme, entra na lista das frustrações.)
O enredo gira em torno da expedição francesa, que quer conquistar a terra do pau-brasil e sabe que precisa se comunicar com os “selvagens” existentes por aqui. Para tanto, traz dois jovens, nobres franceses, que têm aula de tupi com um padre a bordo, para servirem de intérpretes com os índios. As reviravoltas acontecem, traições esperadas, jogos de interesse e salve-se quem puder! Num roteiro fraco, bem com cara de filme morno para a televisão e com aquele clima trivial de rivalidade entre colonizadores versus a pureza e a naturalidade indígena, Vermelho Brasil não é lá grande coisa e tem cara de novelão. Aliás, tem um desfecho infantilizado e um final estranho – ainda estou pensando se a voz em off é mesmo do Cristo Redentor… Fiquei achando que é coisa para gringo ver. Deve ser. Até os índios falam inglês.
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