Opinião

Quando anuncia que o Uruguai foi o primeiro país a legalizar a maconha, tem-se a impressão de que Tragam a Maconha é documentário. Ainda mais quando vemos o ex-presidente do Uruguai na tela, Pepe Mujica, fazendo o papel dele mesmo. Diante da legalização, o governo ficaria encarregado de produzir a maconha, controlando, assim, o comércio e combatendo o tráfico da droga.

Criada a partir desse ponto, a história – de ficção, lógico – conta como um farmacêutico trambiqueiro cria a Associação Uruguaia da Maconha Legal para ir aos Estados Unidos em uma missão secreta, convocada por Mujica, para resolver o sério problema do fornecimento de maconha à população. O mandato do presidente está para acabar e ele precisa garantir a droga, nem que seja através de meios suspeitos.

Numa sátira divertida, o farmacêutico (feito pelo próprio diretor e roteirista Denny Brechner), sua mãe e um policial seguem em missão, causam constrangimento às pessoas e vivem situações absurdas para conseguir a droga. Divertido e original, é fake, mas é inofensivo. Tem humor e é isso que importa aqui.