TAL MÃE, TAL FILHA | Telle mère, telle fille

Cartaz do filme TAL MÃE, TAL FILHA | Telle mère, telle fille

Opinião

Que tal uma mãe e uma filha que invertem os papéis? A mãe é imatura, depende emocionalmente da vida da filha, vive no mundo da lua e não se compromete com nada. A filha é a responsável, coloca limites e vive estressada pra fazer a vida andar pra frente. Nessa dinâmica, Mado (Juliette Binoche, também em Acima das Nuvens, Mil Vezes Boa Noite, Camille Claudel, 1915) e Avril engravidam ao mesmo momento e a confusão está armada.

Digo confusão porque é isso mesmo – tanto no filme, já que as duas se atrapalham e vivem situações esquisitas (supostamente engraçadas), quanto na sensação de quem assiste. Não é o fato de ser inverossímil que incomoda – tem muito filme absolutamente impossíveis enquanto roteiro e proposta, mas que nos transporta pra fantasia de uma maneira inacreditável. Essa comédia não pega, as situações são bobinhas e subestima o espectador. A ideia da inversão de papéis é boa, acontece e rende boas histórias. Mas aqui, de alguma forma, me deixou impaciente. Estou lembrando, por exemplo, de Lolo – O Filho da Minha Namorada é meio absurdo e exagerado, mas dá pra dar ótimas risadas. É o olhar do diretor que faz a diferença.

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