RUSTIN

Cartaz do filme RUSTIN

Opinião

É preciso sempre um bom e criterioso garimpo pra trazer à tona personagens invisibilizados pelos próprios feitos extraordinários. Explico: a Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade, aquela em que Martin Luther King fez o discurso célebre em 1963 com seu emblemático “I Have a Dream”, teve um estrategista por trás, planejando esta que foi uma das maiores manifestações pacíficas já vistas no mundo.

Bayard Rustin é o cara e esta cinebiografia — bem tradicional, por sinal — tira o foco de MLK para contar a história do ativista pelos direitos civis dos afro-americanos naqueles borbulhantes anos 1960.

RUSTIN depende do ator Colman Domingo do começo ao fim pra funcionar — e funciona, desde que você não espere alguma inovação. Funciona pra tornar este personagem visível e conhecido, ele que teve só 2 meses pra organizar a marcha, que mobilizou 250 mil pessoas de todos os cantos dos EUA, que foi boicotado pelo próprio movimento de direitos civis por ser homossexual e que foi o responsável por eternizar este momento pela igualdade e liberdade racial.

Produzido por Michelle e Barak Obama, pode despontar nas premiações graças à atuação de Domingo. Mas o diretor George C. Wolfe poderia ter ousado mais — assim com o faz em A Voz Suprema do Blues, em que Domingo também atua.  Tradicional demais, para um personagem tão irreverente! Mas

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