Opinião

Que diferença faz se você não sabia que Jack Ryan já foi interpretado por Harrison Ford, Alec Baldwin e Ben Affleck? Que diferença faz se você também não sabia que Ryan foi criado por Tom Clancy, o escritor conhecido mundialmente pelas mirabolantes tramas de espionagem e conflitos políticos? E, finalmente, que diferença faz saber que Operação Sombra não é uma adaptação do livro, mas sim uma criação especialmente feita para o personagem Jack Ryan, criando por Clancy para ser o herói da espionagem no mundo pós-Guerra Fria? Nenhuma, fique tranquilo. A história tem começo, meio e fim aqui mesmo e transporta o agente da CIA para o dia 11 de setembro de 2001, portanto para uma outra guerra, bem longe daquela que era fria.

Com direito a tudo que um filme de ação contém, Operação Sombra: Jack Ryan vai conquistar quem gosta deste gênero de filme. Lembra Busca Implacável, Missão Impossível ou algo assim. O inimigo é a máfia russa, temida e poderosa. Depois do ataque às Torres Gêmeas, Jack Ryan é convocado para lutar no Afeganistão, sofre um acidente de helicóptero e tem que se afastar do front. Por causa disso, dedica-se aos estudos e é convidado a espionar os negócios escusos e bilionários das empresas russas nos Estados Unidos. Um agente da CIA disfarçado de analista de mercado. Mas, por força das circunstâncias, acaba saindo do escritório e vai para outro o front de batalha, ou melhor, para a Rússia, tentar evitar uma falência financeira mundial.

Quem pilota tudo isso é Chris Pine, também na recente franquia Star Trek. Seu personagem não requer grandes mudanças na faceta de bom (e bonito) moço que ele já tem. Continua galã com sua mulher Cathy (Keira Knightley) e cumpre à risca o que manda seu superior Harper (Kevin Costner), para vencer o vilão russo Viktor Cherevin (Kenneth Branagh, também diretor do filme). Com tudo cronometrado para dar aquele suspense, aquele último segundo fatídico para que tudo aconteça – ou deixe de acontecer, Operação Sombra é para quem curte velocidade e ação, embora a expressão “mais do mesmo” possa se encaixar aqui se você esperava algo de muito diferente.