O MENSAGEIRO – The Messenger
Opinião
Para tudo existe um manual e um protocolo. Não é diferente quando se trata de comunicar a morte de soldados americanos mortos em combate – neste caso no Iraque e no Afeganistão. Ex-combatentes são escalados para dar a notícia aos familiares, sem poder mostrar afeto ou compaixão. É preciso ser frio, objetivo e prático e o exército precisa ser o primeiro a dar a notícia.
É essa a função do soldado Will Montgomery (Ben Foster). Após ser ferido em combate, é escolhido para comunicar pais, filhos, esposas que seus entes queridos morreram. Sob comando do capitão Stone (Woody Harrelson), eles cumprem esse papel, sofrendo com isso a pressão e o stress do desconsolo vivido pelas famílias.
Apesar de um pouco monótono, o filme é interessante, tem um tom documental e mostra, de novo, assim como Guerra ao Terror, como a guerra acompanha o soldado mesmo após a volta para casa. Como os fantasmas, traumas e medos intensos dominam o corpo e a mente de quem lutou; como falta tato ao lidar com o ser humano. A tentativa de reconstruir a vida após a guerra parece quase que hostil. É um reviver constante na dor do outro. Mas já é uma tentativa.
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