O HOMEM QUE ELAS AMAVAM DEMAIS – L’Homme Qu’on Aimait Trop
Opinião
Catherine Deneuve esteve em Cannes na semana passada para apresentar seu novo filme, que foi inclusive exibido na abertura do festival, La Tête Haute. Sempre uma presença forte, inclusive na entrevista coletiva. Veremos quando esse filme desembarca por aqui. Se for no mesmo ritmo de O Homem que Elas Amavam Demais, que foi apresentado em Cannes no ano passado, só em 2016. Agora em cartaz, é um bom drama com uma história que seria inacreditável, se não soubéssemos que realmente aconteceu.
Tudo parece sob controle, até o momento em que a realidade desmorona, sem que se possa fazer nada. Herdeira de um cassino deixado por seu pai e administrado por sua mãe Renée (Deneuve, também em Bem Amadas, Potiche – Esposa Troféu), Agnes (Adèle Haenel) volta para a França depois de separar-se do marido. Em Nice, reencontra a mãe, se dá conta da confusão financeira em que está metida e se apaixona pelo homem errado. Maurice Agnelet (Guillaume Canet, também em Apenas Uma Noite) é advogado e braço direito de Renée, mas tem interesses próprios e uma postura dúbia e duvidosa – para dizer o mínimo. O desenlace da história parece mentira, tamanho revertério que sofrem as vidas envolvidas.
Aconteceu realmente em 1976, na Riviera Francesa. Catherine Deneuve é o centro da história toda – e nem poderia ser diferente – dá o tom do glamour e da queda, da força e da solidão que se instala. Os textos por aí andam dizendo o que acontece. Se eu fosse você, não lia. O filme se desenrola numa direção inimaginável e saber antes o que acontece é tirar de você o fator surpresa. Definitivamente, isso não é justo.
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