Opinião

O que a cinebiografia NOSSO SONHO tem de melhor é justamente Claudinho e Buchecha. A química e a descontração dos atores escolhidos para representar a dupla de funk melody carioca faz deste um filme alegre e dramático na medida pra contar a trajetória breve do sucesso que foi interrompida em 2002 de maneira trágica.

Amigos de infância que perderam o contato na adolescência, se juntam pra compor, soltar a voz e o corpo, acreditando que “quem tem talento não tem patrão”. Igual fogueira sem brasa, Bochecha ficou sem Claudinho e, depois de 20 anos da sua morte, este filme celebra a história da dupla. Não tem como não cantar junto.

NOSSO SONHO, título de um dos seus sucessos, concorreu à indicação pra representar o Brasil no Oscar. Perdeu pra Retratos Fantasmas — e, convenhamos, não teria chance mesmo pra disputar este patamar internacional. Mas, nacionalmente falando, resgata no imaginário popular as canções que todos nós conhecemos e a cultura do funk brasileiro melódico daqueles anos.