JOBS
Opinião
Infelizmente é isso que acontece com a leitura de Joshua Michael Stern. O filme é cronológico, a não ser pela primeira cena em que Jobs apresenta o dispositivo que revolucionaria o mundo da música, o iPod. Depois compõe a trajetória do garoto sonhador, que achava que a educação formal o levaria ao lugar comum, ao lugar esperado. Que acreditava que para chegar ao inédito, inusitado, transformador, precisaria ousar, criar uma tecnologia nova, que pudesse ser usado por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Algo que fizesse parte da vida de cada um, que todos pudessem personalizar, algo para “chamar de seu”. Steve queria ser único e seu legado dispensa apresentações. Olhe à sua volta e diga se não há, aí bem perto de você, um Apple fazendo a diferença. Eu escrevo em um iPad neste momento, dentro do carro, enquanto espero o horário deus compromisso. Jobs mudou tudo. De maneira espetacular.
O que quero dizer é que isso não aparece no filme com a importância, a emoção, o entusiasmo e a magia que representa. Se vale o ingresso? Vale, é gostoso de ver, mas já que estamos falando de gurus da era digital, eu diria, sem medo de errar, que A Rede Social, de David Fincher, que conta a historiando criador do Facebook, é mais emocioante e vigoroso. Jobs é correto, conta a história, mas não representa o genioso e genial idealizador da Apple Computers. O lado bom é que, no caso de sujeitos como ele, espetaculares, sempre haverá campo de trabalho para roteiristas e diretores ávidos por uma boa história. Pode ser até que não aconteça, mas não será por falta do que falar.
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