GRAVIDADE – Gravidity

Cartaz do filme GRAVIDADE – Gravidity
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Opinião

A primeira longa cena de Gravidade já é impressionante. Um astronauta e uma engenheira estão no espaço, consertando um satélite. Ele tranquilo, esbanjando charme – mesmo coberto com aquela roupa espacial – como se estivesse dando um banal passeio no parque; ela tensa, enjoada, executando uma missão especial, respondendo às gracinhas do galante astronauta. Ela é Sandra Bullock; ele, George Clooney. O resto – que não é pouco e é absolutamente encantador – são estrelas, vazio, silêncio, claro, escuro, sol, lua e o estonteante planeta Terra.

Os atores dispensam apresentações, mas vale citar alguns filmes interessantes que marcam suas carreiras. Sandra Bullock fez Um Sonho Possível, pelo qual ganhou o Oscar, Tão Forte, Tão Perto, Crash – No Limite, A Proposta, e está atualmente em cartaz com As Bem Armadas; Clooney foi premiado no ano passado pelo ótimo Os Descendentes, além de marcar presença em Tudo Pelo Poder, na série Onze Homens e Um Segredo, Syriana – A Indústria do Petróleo, Queime Depois de Ler, Amor Sem Escalas. Tudo isso para dizer que, mesmo com esse histórico todo, só dois atores não segurariam o filme se não fossem realmente especiais.

Gravidade é um filme extremamente sensorial. Portanto, não deixe que ninguém te conte a história, além do que já é sabido e exibido no trailer. A engenheira Ryan Stone e o astronauta Matt Kowalski estão consertando um satélite em pleno espaço, conectados à estação espacial Explorer, quando recebem a notícia de que satélites russos se chocaram e seus destroços caminham na sua direção.

É isso. A técnica de filmagem, os efeitos especialíssimos, o talento dos atores, o recurso do 3D e a imaginação fértil e poética do diretor mexicano Alfonso Cuarón dão conta de construir um filme de 90 minutos absolutamente envolvente, física e emocionalmente. Você flutua no espaço sem gravidade com eles, vê a beleza do nosso planeta, emociona-se com as questões filosóficas de vida de cada um deles e torce – muito – para que tudo dê certo. O vazio incolor do espaço e a imensa massa colorida da Terra se contrastam, assim como o vazio interior e vontade de viver. Espetacular, não tem nada sobrando, nem fora do lugar. Pelo contrário, tem tanta emoção e maestria de sobra, que dá vontade de ver de novo.

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