EXTRAORDIÁRIO – wonder
Opinião
Extraordinário deixa várias mensagens e cativa todo mundo. Duas são mais marcantes. A primeira está no título: todos nós somos extraordinários, no sentido de não ser ordinário, de ser único e especial. Saber disso já é sair na frente – ferramenta fundamental para ir à luta. A outra diz respeito à aceitação dessa condição, seja ela qual for. E aceitar-se gera felicidade, que não tem nada a ver com ter um rosto bonito, ser popular ou bem sucedido. Tem a ver com ser feliz com o que somos.
Baseado no livro homônimo de R.J. Palacio, conta a história de Auggie Pullman, um menino que sofre de uma síndrome genética, nasceu com defeitos faciais graves e tem o rosto marcado pelas inúmeras cirurgias. Com medo de que não seja aceito pelas outras crianças, tem aulas com sua mãe em casa durante anos, até que chega a hora de encarar a escola de verdade. O filme é sobre Auggie enfrentando as pessoas, mostrando seu potencial e superando desafios.
Tudo isso tem pinceladas de humor com Julia Roberts (também em Uma Linda Mulher, Closer – Perto Demais) e Owen Wilson (também em Meia-Noite em Paris), mãe e pai respectivamente, e conta com o talento do ator Jacob Tremblay, também em O Quarto de Jack. Não tem como não se emocionar. É bonito, sensível, tem afeto e graça. E o ponto de vista de vários personagens – o que também é uma sacada, já que uma história nunca tem uma verdade só. Embora Auggie seja, de verdade, uma unanimidade.
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