COLETTE
Opinião
Ver Keira Knightley em filmes de época não é novidade. Agora é começo do século 20 e Colette, sua personagem, representa a mulher à frente do seu tempo, que tenta quebrar barreiras, sair da sombra do marido controlador e dar força à sua individualidade.
Colette era francesa, mas o filme é todo falado em inglês, obra do britânico Wash Westmoreland (também de Para Sempre Alice) – o que faz perder um pouco da ambientação parisiense. Sidonie-Gabrielle Colette era um moça do interior que casou com um escritor 14 anos mais velho. Seus escritos pessoais acabam virando conteúdo para a obra do marido e, com o passar do tempo, ela se transforma em sua escritora fantasma. Cria a personagem Claudine, que irá colocá-lo na cena literária e social europeia da época – e o casal ganha notoriedade.
Mas Colette quer escrever, dar voz à sua literatura e sair da sombra de Willy. Com esse despertar, outros olhares vêm junto com a mulher de alma artística e criativa, à frente da sua época, inclusive no que diz respeito à sua sexualidade. Personagem bem oportuna – e contemporânea.
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