CÁSSIA ELLER

Cartaz do filme CÁSSIA ELLER

Opinião

Diante de tantas boas estreias nas premiações do começo do ano, resolvi prestigiar um lançamento do cinema brasileiro que vem nos presenteando com ótimos filmes sobre talentos nacionais. Não são poucos os jovens cantores que o Brasil perdeu e já são várias as produções que nos trazem de volta parte desse repertório cultural que faz parte de nossas vidas. Foi assim com Tim Maia (Tim Maia – Não Há Nada Igual), Renato Russo (Somos Tão Jovens e Faroeste Caboclo), Gonzaga e Gonzaguinha (Gonzaga – De Pai pra Filho), Raul Seixas (Raul – O Início, o Fim e o Meio) e Cazuza. Agora, Cássia Eller. Em toda a sua intensidade.

Com sua voz inconfundível e a capacidade única de interpretar canções e se transformar no palco, Cássia é descrita pelos amigos, familiares e por ela mesma como tímida. São inúmeros os depoimentos, com destaque para os amigos Nando Reis e Zélia Duncan. Além de repassar inúmeras e lindas canções, o documentário traz bastante a questão da gravidez de Cássia e da luta pela guarda de seu filho Francisco por Maria Eugênia Vieira Martins, companheira de Cássia por 14 anos – que foi uma decisão inédita da justiça brasileira.

Cássia morreu jovem, aos 39, no auge da carreira, em 2001. E justamente no ano em que se consagrava como grande talento da música brasileira com seu acústico da MTV e sua participação no Rock in Rio. Com muito material inédito, Fontenelle consegue mostrar a Cássia artista e criadora, mas também mostra seu lado pessoal mais íntimo, suas amizades e escolhas. O laudo do IML diz que a cantora morreu de ataque cardíaco. Se foi por uso de drogas e álcool não interessa mais à essa altura do campeonato. Nada vai conseguir mudar o que ficou, como diz seu grande sucesso “Por Enquanto”. Sua obra está aí e vale seu ingresso pra ouvir suas músicas na telona.

Trailers

Comentários