BRAVURA INDÔMITA – True Grit

Cartaz do filme BRAVURA INDÔMITA – True Grit

Opinião

Meu forte nunca foram os filmes de faroeste. Confesso que tenho algumas lembranças de nomes e filmes, mas o bangue-bangue nunca foi um atrativo por si só. Quando me deparei com essa nova versão de Bravura Indômita pelas lentes dos irmãos Coen (também diretores de Um Homem Sério) e com Jeff Bridges  no papel que deu a John Wayne seu único Oscar da carreira em 1970, achei que seria um ótimo pretexto para entrar no gênero. Tudo isso para dizer que, se você é um novato como eu, não se acanhe. Bravura Indômita é um belo filme, tem passagens engraçadas protagonizadas pelo xerife beberão Cogburn, uma linda fotografia e ótimas atuações – motivos suficientes para não deixar de ver.

Não li o livro de Charles Portis, base para as duas versões. Mas o que os irmãos Coen tentaram fazer agora foi uma releitura, e não uma adaptação do filme com John Wayne. Cada qual com a sua linguagem e sua visão do mundo do faroeste, ambientado em 1880. O personagem de Jeff Bridges (também em Coração Louco, que lhe rendeu o Oscar em 2010) é “contratado” por uma garota de 14 anos (a ótima e novata Hailee Steinfeld) para vingar a morte de seu pai. Nessa jornada, parte com eles também um policial (Matt Damon, também em Além da VidaInvictusSyriana) e a partir daí a história se desenrola com muito tiro e perseguição, mas também com diálogos inteligentes e sensibilidade. E mais importante que isso, com delicadeza. De alguma maneira há, entre aqueles que tentam fazer justiça com as próprias mãos, empatia e troca de sentimentos, que levam ao bonito desfecho. A fotografia contribui, a trilha envolve, mas o que recheia é a sensibilidade da direção, a capacidade de entrelaçar crueldade e injustiça com pequenas sutilezas humanas.

OSCAR 2011: indicado para o Oscar de melhor filme, direção, ator (Jeff Bridges), atriz coadjuvante (Hailee Steinfeld), roteiro adaptado, fotografia, direção de arte, figurino, som, direção de som.

Estreia dia 11 de fevereiro nos cinemas.

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