Opinião

Imagina que você queira contratar um assassino de aluguel e vai se encontrar na surdina com o suposto criminoso pra contratá-lo. Acontece que este assassino é falso e o encontro não passa de uma armadilha pra armar o flagrante e perder você, o mandante.

Essa é a premissa de ASSASSINO POR ACASO. Nosso protagonista, o Gary, entra na trama porque ele entende de eletrônicos e fica na van da escuta policial, monitorando o flagra. Um dia, o falso assassino contratado pra armar o flagrante tem um problema, não aparece e não há outra alternativa senão colocar o Gary no lugar.

O filme é uma delícia por isso. Gary é também professor de psicologia e sabe construir diferentes “assassinos”, com diferentes personalidades, pra se desmascarar diferentes mandantes. Até que um dia a mandante é Madison, uma mulher que está num casamento tóxico e quer eliminar justamente o marido. Procura um assassino de aluguel pra contratar, se depara com Gary, mas a as coisas não saem como planejado.

Assisti em Veneza este filme superdivertido, com o toque do diretor Richard Linklater no texto, que fala da psicologia humana como ninguém. Lembra dele, de Boyhood – Da infância à juventude e da trilogia “Antes”? Imperdível!