Opinião

Porché Brinker, de 12 anos, subiu no palco pra receber o Oscar de melhor documentário de curta-metragem por A ÚLTIMA LOJA DE REPAROS. Ela é uma das personagens deste filme que conta a história da loja que conserta instrumentos musicais gratuitamente em Los Angeles desde 1959. O detalhe é que esses instrumentos são usados por alunos de escolas públicas e muitos têm, na música, a oportunidade de mudar o rumo da vida.

Além dos depoimentos emocionantes tanto de técnicos especialistas nos reparos, quanto de alunos que encontraram na música uma maneira diferente de lidar com questões como autoestima e confiança, os diretores estabelecem uma paralelo singelo, mas bem bonito, entre o reparo do instrumento danificado e o reparo de uma pessoa machucada. O trabalho de consertar um instrumento musical é minucioso, detalhista, lento. Mas é duradouro, se bem cuidado. Assim como restaurar uma alma ferida, um coração partido. A cicatriz fica e se torna parte do todo, e a música volta a fluir, em alto e bom tom.