A GRANDE DAMA DO CINEMA – El Cuento de la Comadrejas

Opinião
Que bom que Juan José Campanella voltou a fazer cinema. Depois de O Segredo dos Seus Olhos, que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010, migrou pra séries de televisão, e agora voltou em grande estilo – e com a elegância do humor que se equilibra perfeitamente entre o sarcasmo e o absurdo, garantindo uma bilheteria boa e animada pra A Grande Dama do Cinema.
Sem a menor pretensão de entrar no mérito da questão do que acontece quando a fama acaba, do que resta dos atores e atrizes famosos depois que a cortina da vida finalmente encerra a carreira, Campanella conta a história de Mara Ordaz (Graciela Borges, também em La Quietud, Dois Irmãos), uma atriz em decadência, que vive em um casarão com seu marido e mais dois amigos de longa data: Norberto (Oscar Martínez, também em O Cidadão Ilustre), diretor de cinema, e Pedro (Luis Brandoni, também em Minha Obra-Prima), roteirista. Todos em fim de carreira, totalmente esquecidos, vivendo do passado e de lembranças, isolados nos arredores de Buenos Aires. Até que aparecem dois jovens querendo comprar o casarão e é preciso voltar em cena – literalmente.
Além da impagável cumplicidade entre os quatro amigos diante da esperteza dos jovens corretores de imóveis, o texto de Campanella é divertido e sutil, na medida para fazer de A Grande Dama do Cinema um filme delicioso de ver.
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