TRÊS MUNDOS – Trois Mondes

Cartaz do filme TRÊS MUNDOS – Trois Mondes

Opinião

São três mundos diferentes: o mundo dos imigrantes ilegais e que não conseguem um lugar na sociedade, dos franceses, e daqueles imigrantes que conseguem status, dinheiro, trabalho. O rico atropela o pobre, foge sem prestar socorro e o francês é testemunha. Além de abordar o tema atual da imigração na Europa, o grande mote de Três Mundos é a responsabilidade.

Al era imigrante pobre, começou trabalhando como mecânico, conseguiu ser promovido, conquistou a filha do chefe rico e roleiro e vai se casar. Voltando de uma balada com dois amigos, atropela um imigrante ilegal, que morre no local. Toda a cena é vista por Juliette, uma francesa que testemunha a fuga da janela do seu apartamento. Al não consegue se livrar da culpa, Juliette vai atrás de Vera, a viúva, e do motorista. É ela quem faz a intermediação entre os dois na tentativa de ser solidária, mas o clima é de extremo estresse, raiva, culpa, ódio.

Três Mundos vai crescendo rápido, ganhando corpo e fui me perguntando aonde é que a consciência de cada um dos personagens os levaria. Vera tem raiva do sistema, da ilegalidade, da falta de suporte, dos anos trabalhados pelo país sem reconhecimento; Al tem medo, remorso, culpa; Juliette tem boa vontade, mas é ingênua e derrapa nas mentiras. A direção de Catherine Corsini (também de Partir) é bem conduzida, traz tensão e não deixa claro como os personagens vão terminar. E por falar em final, gosto do destino dos três persoanagens. Uma escolha humana, no que a gente tem de mais nobre e mais vingativo.

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