21º FESTIVAL DE CINEMA JUDAICO

Tirando da frente, de uma vez por todas, o discurso de que é preciso ser judeu para interessar-se pelo festival – e isso serve para qualquer mostra temática – fique de olho no garimpo que temos de 30 de julho a 9 de agosto em São Paulo. Organizado e idealizado pelo Clube Hebraica, o festival vai exibir 24 filmes (19 inéditos) que abordam a cultura judaica, a partir dos mais varias prismas – político, artístico, musical, histórico, feminino, esportivo, entre outros.

A programação está disponível no site da Hebraica, mas ficam aqui as sugestões já vistas.

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OS MENINOS QUE ENGANAVAM NAZISTAS, de Christian Duguay (2017) | Prepare o lenço para mais uma história real, contada sob o ponto de vista do mais novo dos quatro irmãos de um casal de judeus. Praticamente um roadmovie de fuga, o foco é no garoto Jojo que precisa chegar no sul da França com o irmão, para não ser enviado ao campo de concentração. Superemocionante, tem um título lindo em francês: “um saquinho de bolas de gude” – traduz a sensibilidade do filme, na importância da família, do convívio e a força das memórias afetivas. | Estreia no circuito comercial dia 3 de agosto. 

 

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BYE BYE ALEMANHA, de Sam Garbarski, (2017) | Do diretor do ótimo Irina Palm, esta produção passeia no pós-guerra, com foco em um grupo de sobreviventes do Holocausto. Embora traumatizados com os horrores da guerra e todas as perdas, os amigos tocam a vida em frente, inventam um novo negócio pra ganhar dinheiro e conseguir migrar para os Estados Unidos. Com humor e uma pegada de uma quase-aventura (tem um clima de ousadia de rir da própria tragédia), o roteiro dá ao filme uma leveza inverossímil, porém bem-vinda. Uma mensagem da vida que segue, de que muitos estão vivos, prontos pra refazer a vida, encontrar a cara-metade e tocar o barco adiante. | Filme de abertura do festival, estreia no circuito comercial dia 24 de agosto, (foto).

 

 

 

ANIMA MUNDI 2017

Anima Mundi significa “alma do mundo” em latim. O termo existe desde sempre como tradução do princípio fundamental da vida. Alma. Não há nome melhor pra este festival. Faz a brincadeira com “anima” e “animação”, e ainda por cima nos convida a olhar para os traços vindos de todos os cantos do planeta como a expressão sem limites, aquela que extravasa, que não cabe em rótulos, que transcende o mundo como conhecemos. Vai para a imaginação. E lá é o lugar onde tudo é permitido e possível.

Do vídeo de depoimentos de animadores exibido na abertura do Anima Mundi 2017, gostei quando disseram que fazer uma animação é materializar um sonho. Esse é o lugar onde o pai coloca o filho dentro da mala (Negative Space, imagem acima), onde o cabelo de uma mãe é capaz de salvar seus filhos das mais variadas encrencas da vida (About a Mother, trailer abaixo), onde caranguejos fazem um casal de idosos dançar na praia e redescobrir o amor (Ao Entardecer) – só pra citar a narrativa de três lindos curtas que fazem parte do festival. Negative Space, que conta a história do filho que criou o vínculo afetivo com o pai aprendendo a arrumar a mala, levou o Grande Prêmio no Rio, e disputa, automaticamente, uma vaga no Oscar 2018. É uma pérola.

Garimpe. São 345 produções de 45 países, sendo 70 brasileiras. Tem fórum de atividades e debates, homenagens, foco na animação canadense, sessões infantis, mostras especiais. Além dos 25 anos do festival, comemora-se também os 100 anos da animação brasileira.

Clique aqui para ver a programação no site do Anima Mundi.

 

 

 

 

COMO NOSSOS PAIS

Da diretora Laís Bodanzky, Como Nossos Paischega em 31 de agosto por aqui, já passou pelo Festival de Berlim e fala da mulher, suas questões como mãe, esposa e profissional nos dias de hoje. Navega pelo feminino, deve ser bem bom.

Laís é diretora dos maravilhosos Bicho de Sete Cabeças e As Melhores Coisas do Mundo. Dá só uma espiada no trailer e pôster.

 

LOVING VINCENT

Filme sobre o último ano de vida de Vincent Van Gogh, pintado! Primeiro longa feito assim: baseado em quase 800 cartas que o pintor escreveu para o seu irmão, tem 65 mil fotogramas pintados à mão, que incialmente foram rodados com artistas humanos. Dá só uma espiada no trailer de Loving Vincent.

A estreia mundial foi no Festival Internacional de Animação de Annecy, na França – o mais importante do mundo. Ainda não tem data pra estreiar por aqui, mas deve chegar no fim de 2017.

 

CINE VISTA – Cinema ao ar livre!

Mais uma edição do Cine Vista, no Shopping JK Iguatemi, de 21 a 25 de junho. É a quinta, com filmes premiados e outros ainda inéditos, em formato de pré-estreia. O destaque fica por conta do dia só de quadrinhos, pra quem curte, com Lego Batman, Esquadrão Suicida e Mulher-Maravilha.

Veja a programação, além de outras informações abaixo, e clica no nome do filme pra ver o comentário do Cine Garimpo.

A imagem da foto é do filme com Catherine Deneuve e Catherine Frot, O Reencontro.

 

21/06 – Quarta-feira
20h – Pré-estreia: Um Instante de Amor
22h30 – Pré-estreia: O Círculo

 

22/06 – quinta-feira
20h – Estrelas além do tempo
22h30 – Lion – Uma Jornada para Casa

 

23/06 – sexta-feira
20h – Pré-estreia: O Reencontro (Sage Femme) (imagem da foto)
22h30 – Um limite entre nós

 

24/06 – sábado
18h – Lego Batman
20h – Esquadra?o Suicida
22h30 – Mulher-Maravilha

 

25/06 – domingo
18h – As Aventuras de Ozzy
20h00 – Moonlight: Sob a Luz do Luar
22h30 – Pré-estreia: O Jantar

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SERVIÇO:

Filme Infantil – R$ 30 inteira e R$15,00 crianças até 12 anos + taxa de serviço de R$ 7,00

Filme adulto – R$ 50 + taxa de serviço de R$7,00

Venda de ingressos: Bilheteria Cinépolis e Ingresso.com – www.ingresso.com

DE CANÇÃO EM CANÇÃO | Song to song

Novo filme de Terrence Malick, de A Árvore da Vida, tem algo parecido com Closer – Perto Demais. Ou não? Dois casais que se entrelaçam de alguma maneira…. Veja o trailer.

Estreia dia 20 de julho. De Canção em Canção tem elenco estrelar: Rooney Mara, Natalie Portman, Ryan Goslin e Michael Fassbender.

 

 

FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2017

Dia 07 começa o FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS – o mais “charmant” do país. Serão 19 filmes exibidos em 55 cidade em todo o Brasil, por 15 dias. Os destaques ficam por conta de filmes que já passearam pelos festivais internacionais, inclusive Cannes, que acabou de terminar. Voilà a vinheta logo abaixo e já comentários de alguns dos filmes.

 

FRANTZ, de François Ozon (também diretor de Uma Nova Amiga, Dentro da Casa) é uma poesia só. Em branco e preto – com um colorido que entra em momentos especiais –, fala de Anna (Paula Beer), uma jovem alemã que vive no pós Primeira Guerra, fica noiva-viúva do seu grande amor e mora com os sogros. Até que aparece um francês, chora no túmulo do seu namorado e entra na vida daquela família alemã pra mudar tudo. Passeou pelos festivais de Sundance, Toronto e Veneza, além de ter concorrido em nove categorias no César, o Oscar francês.

 

AMANHÃ, de Cyril Dion e Mélanie Laurent é ótimo e faz parar pra pensar. Olha só: em vez de a gente ficar reclamando que o mundo está poluído demais, aquecido demais, destruído demais, ruim demais, que tal ir atrás de soluções? Com isso em mente, a atriz e diretora francesa Mélaine e o marido saíram pelo mundo em busca de cidades e comunidades que já adoram um estilo diferente de vida (para ler o comentário completo, clique aqui).

 

TAL MÃE, TAL FILHA, de Noémie Saglio | Com Juliette Binoche (da vinheta), Camille Cottin e Lambert Wilson, conta a história improvável da mãe e filha que engravidam ao mesmo tempo. Filha mais madura que a mãe, uma inversão de papéis, uma comédia pra entreter – confesso que o riso fácil não chegou…

 

TOUR DE FRANCE, de Rachid Djaidani é um roadmovie. Adoro. Personagens que se movimentam sempre sofrem transformações. Far’Hook (Sadek) é um rapper que, apavorado com a ameaça feita por outros artista, resolve aceitar a oferta de um amigo e sair da cidade para ser o motorista do seu pai em uma viagem. O pai é Serge (Gérard Depardieu), um artista que quer ir de Paris até Marseille, passando de porto em porto, seguindo a rota feita pelo pintor Joseph Vernet. No caminho, rapper e pintor, com suas diferenças, vão desentendendo-se e entendendo-se, até que a amizade surge. Olhar suave e jovem, algo do improviso do rap, inclusive nas imagens de celular. Trivial, nada de diferente ou especial, com Depardieu naquele papel do pai sisudo e emburrado (mais do masmo), em contrapartida ao rap Sadek, que tem outro repertório cultural.

 

RODIN, de Jacques Doillon, com Vincent Lindon, não chega nem aos pés do inesquecível Camille Claudel, de 1988, com Isabelle Adjani. Nem aos pés. Pensar em alguém mais pra ser a Camille é demais da conta. A escultora deste filme de Doillon não tem o brilho, a loucura ou a graça de Isabelle. E Depardieu (o Rodin de 1988) é melhor e bem menos chato que Lindon. Adoro Lindon, mas aqui ficou lento, desinteressante, mesmo no papel do mulherengo e sedutor escultor francês. Indicado à Palma de Ouro em Cannes. Não entendi, mas tudo bem.

 

UM INSTANTE DE AMOR, de Nicole Garcia

A VIDA DE UMA MULHER, de Stéphane Brizé

O REENCONTRO, de Martin Provost

NA VERTICAL (Rester Vertical), de Alain Guiraudie

NA CAMA COM VITÓRIA (Victoria), de Justine Triet

CORAÇÃO E ALMA (Reparer les Vivants), de Katell Quillévéré

ROCK’N ROLL – POR TRÁS DA FAMA (Rock’n Roll), de Guillaume Canet

 

 

 

FESTIVAL DE CANNES 2017

Terminou Cannes e ficaram as promessas pra nós que ainda não vimos o que rolou por lá. Segue a lista das pendência para os próximos meses, só pra ficar na vontade de assistir a tanto filme bom que vem por aí. Vale dizer: só a Netflix saiu de mãos vazias, com bem disse o presidente do júri Pedro Almodóvar. O resto do mundo ganhou a chancela de Cannes: Suécia, Turquia, Escócia, França, Marrocos, Japão, Itália, Estados Unidos, Rússia, México, Irã. Bem bom – talvez reflexo de um júri cada vez mais eclético e heterogêneo.

 

_ PALMA DE OURO_ The Square, de Ruben Östlund

Sueco, é dele também o ótimo – e perturbador – Força Maior. Sobre o momento em que os casais começam a se estranhar e percebem que há alguém ali que já não reconhecem. E que não reconhecem a si mesmos. Já The Square toca no tema da arte contemporânea, que, segundo o diretor, “é algo que deve ser criticado, analisado, assim como qualquer outra área do conhecimento, inclusive o cinema”. Fato, a gente não precisa aceitar e consumir tudo que vê.

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_MELHOR DIRETOR_ Sofia Coppola 

Ganhou com sua releitura de O Estanho que Nós Amamos (The Beguiled), com o trio loiro Nicole Kidman, Elle Fanning e Kirsten Dunst, além de Colin Farrell. Família de cineastas (seu pai, Francis Ford Coppola, de O Poderoso Chefão, e sua avó, Eleonor Coppola, que estreia o filme Paris Pode Esperar semana que vem!). Talentosíssima, tem um estilo todo pessoal, sem rabo preso. Vide meu favorito Encontros e Desencontros (Lost In Translation – não é por acaso que é o que eu mais gosto!). Também ótimos Um Lugar Qualquer e Bling Ring – A Gangue de Hollywood.

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_PRÊMIO ESPECIAL 70º ANIVERSÁRIO de CANNES_ Nicole Kidman

Dispensa apresentações. A atriz arrasa, é camaleoa, produz sem parar e só em Cannes estava presente com dois filmes: O Estranho que Nós Amamos (venceu melhor diretor, com Sofia Coppola) e The Killing of a Sacred Deer (melhor roteiro). 

Da filmografia de Nicole: Lion – Uma Jornada para Casa, Os Outros, As Horas, Nine, Segredos de Sangue, Grace de Mônaco, Uma Longa Viagem, Antes de Dormir, Reencontrando a FelicidadeDe Olhos Bem Fechados

 

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_MELHOR ATRIZ_ Diane Kruger

Pelo filme In The Fade, do turco Fatih Akin (também de Soul Kitchen e Por Outro Lado – ótimos filmes). Este novo é duro, filme sobre perda e reconstrução. “Há anos esperava pra fazer um filme em alemão”, disse a atriz, também de Bastardos Inglórios, Adeus, Minha Rainha e Pais e Filhas. “É sobre uma mulher que perde tudo e precisa reaprender a viver sem nada”, completa Diane, na entrevista após receber o prêmio. Ela está fora da Alemanha há mais de 20 anos. Linda e poliglota!

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_MELHOR ATOR_Joaquin Phoenix

Premiado pelo filme You Were Never Realy Here, da britânica Lynne Ramsay. É dela também aquela paulada que é Precisamos Falar Sobre Kevin, que não deixa ninguém sair ileso – muito menos quem é mãe. Phoenix tem filmes ótimos no currículo. Três são meus preferidos: Amantes, com Gwyneth Paltrow; O Homem Irracional, um Woody Allen com Emma Stone e Ela (Her), com a voz de Scarlett Johansson. Também está em O Imigrante e Hotel Ruanda.

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_PRÊMIO DO JÚRI_ Loveless

O russo Andrey Svyagintsev disse, em entrevista coletiva, que seu objetivo não foi fazer um filme político – embora tenha esse pano de fundo. “O tema é a ausência de empatia e egoísmo entre as pessoas”, revela. De fato: um casal se separa, entra naquele estresse do divórcio e seu filho desaparece. Dramático. É dele também o impactante Leviatã, que ganhou melhor roteiro em Cannes em 2014.

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_MELHOR ROTEIRO_ The Killing of a Sacred Deer e You Were Never Really Here

Dividiram o prêmio, o grego Yorgos Lanthimos de The Killing…  e a escocesa Lynne Ramsay por You Were…

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_GRANDE PRÊMIO DO JÚRI_ 120 Batimentos por Minuto

O diretor Robin Campillo é franco-marroquino e também foi responsável pelo roteiro de Entre os Muros da Escola, filmaço que levou a Palma de Ouro em 2008.  Sobre a Aids e a luta de um ativista contra a indiferença em relação à doença.

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_PRÊMIO DO JÚRI ECUMÊNICO_ Radiance

Da diretora japonesa Naomi Kawase, também responsável pelo lindo e sensível Sabor da Vida, indicado ao prêmio Un Certain Regard em Cannes em 2015.

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_CÂMERA DE OURO (para diretores estreantes)_ Jeune Femme, de Léonor Serraille

_OLHO DE OURO (melhor documentário)_ Visages, Villages, de Agnès Varda

_PALMA DE OURO DE CURTA METRAGEM_Xiao Cheng Er Yue

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MOSTRA UN CERTAIN REGARD

_MELHOR FILME_ A Man of Integrity, de Mohammad Rasoulof (Irã)

_MELHOR DIRETOR_ Taylor Sherida, por Wind River (também roteirista de Sicário)

_PRÊMIO DO JÚRI_ April’s Daughter, de Michel Franco (também de Depois de Lúcia e Chronic_ México)

_MELHOR PERFORMANCE_ Jasmine Trica, pelo papel em Fortunata

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16 de maio

Vai começar a grande festa de Cannes! Pelo site, dá pra acompanhar as entrevistas coletivas, o entra-e-sai dos atores e diretores e ficar com gostinho de um-dia-quero-ir. E como no cinema não tem certo ou errado, júri eclético é júri com olhar diverso, aberto, plural. Quem manda este ano é o diretor espanhol Pedro Almodóvar, auxiliado por Jessica Chastain (atriz americana), Paolo Sorrentino (diretor italiano), Will Smith (ator americano), Maren Ade (diretora, roteirista e produtora alemã), Park Chan-Wook (diretor sul-coreano), Agnès Jaoui (atriz, roteirista, diretora e cantora francesa), Fan Bingbing (atriz chinesa) e Gabriel Yared (compositor francês).

Estes são os filmes que concorrem à Palma de Ouro, programada para dia 28 de maio. Pra dar uma referência, ao lado estão filmes anteriores dos diretores correspondentes, comentados aqui no blog. Assim, dá pra clicar e saber de quem se trata e o que esse diretor já fez.

Nelyubov (Loveless), Andrey Zvyagintsev  | também de Leviatã
You Were Never Really Here, Lynne Ramsay | também de Precisamos Falar sobre Kevin
Le Redoutable, Michel Hazanevicius | também de O Artista
Hikari (Radiance), Naomi Kawase | também de Sabor da Vida,
Jupiter’s Moon, Kornél Mundruczó | também de White Dog
L’amant Double, François Ozon | também de Uma Nova Amiga, Dentro da Casa, Ricky, Potiche, Amor em 5 Tempos
The Beguiled, Sofia Coppola | também de Encontros e Desencontros, Somewhere, The Bling Ring
Happy End, Michael Haneke | também de Amor, A Fita Branca
Wonderstruck, Todd Haynes | também de Carol
Aus Dem Nichts (In The Fade), Fatih Akin | também de Soul Kitchen, Do Outro Lado
Okja, Bong Joon-ho | também de Mother
The Meyerowitz Stories, Noah Baumbach | também de O Plano de Maggie, Mistress America, Enquanto Somos Jovens, Frances Ha

Good Time, Benny Safdie e Josh Safdie
Rodin, Jacques Doillon
The Killing Of A Sacred Deer, Yorgos Lanthimos | também de Lobster
A Gentle Creature, Sergei Loznitsa
Geu-hu (The Day After), Hong Sangsoo
120 Battements Par Minute, Robin Campillo

 

NEVE NEGRA

O diretor Martín Hodara esteve no Brasil para conversar com os jornalistas sobre Neve Negra, que conta com as estrelas Ricardo Darín e Leonardo Sbaraglia (também em Relatos Selvagens, No Fim do Túnel e O Silêncio do Céu). Mas minha pergunta pra ele foi justamente essa: com dois protagonistas de peso, onde entra a personagem de Laia Costa? Sem spoiler, mas pra mim Laura, sua personagem, é a heroína da história. Numa narrativa, cenário e realidade tão masculinos, é ela que determina o futuro dos irmãos. “Ainda bem que alguém lembrou da Laia”, disse ele durante a entrevista. “Sim, é ela a protagonista, a única que se transforma no decorrer da história.”

Neve Negra estreia dia 08 de junho.