GONZAGA É O MELHOR FILME pela ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA

Gonzaga – De Pai Pra Filho foi escolhido o melhor filme do ano no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2013. Adoro duas coisas no filme: a incrível história familiar de Gonzaga e Gonzaguinha e a atuação espetacular de Julio Andrade, que também é muito bom em Serra Pelada e promete como Paulo Coelho, Não Pare na Pista, produção sobre o escritor que estreia em 2014. De fato, o filme sobre o rei do baião foi premiada na categoria melhor som, ator coadjuvante, ator, diretor (Breno Silveira) e filme.

Outro filme de que gosto bastante teve o devido reconhecimento. Heleno é uma produção cuidadosa e muito intensa, sobre o jogador de futebol Heleno de Freitas e o Rio dos gloriosos anos 40 e 50 (foto acima, com Rodrigo Santoro).

Melhor documentário foi para Raul – O Início, o Fim, o Meio, personagem polêmico e marcante, que sempre rende muitas conversas. Aliás, teremos mais Raul no filme sobre Paulo Coelho, citado acima.

O francês Intocáveis levou melhor estrangeiro – merecido, tem um tom emocionante e bem humorado na medida certa, sobre amizade, capaz de tocar todos. Amizade não tem idade, sexo, raça, por assim dizer.

Premiar A Música Segundo Tom Jobim com a melhor trilha é chover no molhado. É Tom Jobim, documentado em um lindo trabalho.

Também foi premiado A Febre do Rato, que definitivamente não agrada a gregos e troianos. Forte, regional, tem cara de filme de festival, mas sem dúvida tem sua beleza, inclusive na fotografia – mas ganha roteiro original, que também é bacana. Dira Paes, sempre muito bem, ganha pelo papel em À Beira do Caminho – filme sensível, aliás. Uma grata surpresa. E 2 Coelhos vence na categoria melhor montagem, o que também é merecido pela originalidade – e agilidade – da trama.

O que eu não gosto é do prêmio de melhor roteiro adaptado para Corações Sujos. Embora a história seja boa – sobre os japoneses que viviam no Brasil e eram considerados traidores porque acreditavam que o Japão tinha perdido a guerra – o filme é morno, sem a emoção que merecia e poderia ter.

As premiações são mesmo assim. Umas agradam, outras nos fazem perguntar que critério é esse. De modo geral, servem para lembrar as boas produções. E isso, no Brasil que assiste pouco filme nacional que não se encaixa na categoria das comédias populares, é uma maneira de lembrar as pessoas que a gente faz SIM cinema de qualidade.

 

Comentários