ANIMA MUNDI 2017

Anima Mundi significa “alma do mundo” em latim. O termo existe desde sempre como tradução do princípio fundamental da vida. Alma. Não há nome melhor pra este festival. Faz a brincadeira com “anima” e “animação”, e ainda por cima nos convida a olhar para os traços vindos de todos os cantos do planeta como a expressão sem limites, aquela que extravasa, que não cabe em rótulos, que transcende o mundo como conhecemos. Vai para a imaginação. E lá é o lugar onde tudo é permitido e possível.

Do vídeo de depoimentos de animadores exibido na abertura do Anima Mundi 2017, gostei quando disseram que fazer uma animação é materializar um sonho. Esse é o lugar onde o pai coloca o filho dentro da mala (Negative Space, imagem acima), onde o cabelo de uma mãe é capaz de salvar seus filhos das mais variadas encrencas da vida (About a Mother, trailer abaixo), onde caranguejos fazem um casal de idosos dançar na praia e redescobrir o amor (Ao Entardecer) – só pra citar a narrativa de três lindos curtas que fazem parte do festival. Negative Space, que conta a história do filho que criou o vínculo afetivo com o pai aprendendo a arrumar a mala, levou o Grande Prêmio no Rio, e disputa, automaticamente, uma vaga no Oscar 2018. É uma pérola.

Garimpe. São 345 produções de 45 países, sendo 70 brasileiras. Tem fórum de atividades e debates, homenagens, foco na animação canadense, sessões infantis, mostras especiais. Além dos 25 anos do festival, comemora-se também os 100 anos da animação brasileira.

Clique aqui para ver a programação no site do Anima Mundi.

 

 

 

 

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