UM ATO DE ESPERANÇA – The Children Act
Opinião
Mais um filme de tribunal, mais um filme sobre mulheres à frente da justiça. Num dilema bem resolvido judicialmente pelo entendimento da juíza Fiona Maye, magistralmente representada por Emma Thompson, Um Ato de Esperança vai além, até o lugar onde o direito e os sentimentos se esbarram e alteram a interpretação do magistrado, inclusive no que diz respeito a si mesmo.
Sumidade no tribunal, Fiona é implacável nas suas decisões em favor do bem-estar e da vida. Diante do caso de um jovem de 17 anos, que se recusa a receber transfusão de sangue por ser testemunha de Jeová, Fiona toma decisões pouco ortodoxas e sua vida pessoal, já em crise, vira um verdadeiro turbilhão.
Intenso, principalmente pelo grau de dramaticidade que Emma Thompson dá ao personagem e ao seu dilema pessoal, Um Ato de Esperança acontece bem na linha em que a rigidez é quebrada quando o emocional transborda e sai da seara da razão. Com algumas ressalvas inverossímeis, gosto disso, da razão perdendo a razão e, finalmente, dando espaço para um equilíbrio de forças e ponderações.
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