GUERRA MUNDIAL Z – World War Z
Opinião
Os zumbis estão na moda. Na categoria suspense tem de sobra, mas o curioso é que enveredou para outras áreas. Tem filme de namorado-zumbi na categoria comédia romântica, séries de televisão com os mortos-vivos como The Walking Dead e sites de fãs clubes aos montes. Zumbi tem um apelo adolescente, daquele tipo suspense-susto-grito. Mas Guerra Mundial Z tem um apelo diferente. Não só porque tem o astro Brad Pitt no comando, mas porque é realmente bem feito e prende atenção com tanta tensão no ar.
Isso mesmo, porque até no ar eles atacam. A história se resume no seguinte: após um primeiro caso de contágio no oriente, um vírus (ou bactéria, ninguém sabe) contamina o mundo todo. Assim como em Contágio, de Steven Soderbergh, o frenético fluxo diário de pessoas entre os países deu conta de transmitir a doença facilmente. E por doença entenda-se: algo capaz de transformá-lo em um zumbi, um ser morto-vivo, que morde indiscriminadamente as pessoas, com extrema violência e rapidez, transformando-a em mais um ser letal. Em pouquíssimo tempo, o mundo está tomada por esses seres e não há o que os segure. Mas é preciso achar um jeito – ou seria essa mais uma versão do fim do mundo?
O agente da ONU Gerry Lane (Brad Pitt, também em O Homem da Máfia, 11 Homens e Um Segredo, O Homem que Mudou o Jogo, Babel, Queime Depois de Ler) havia decidido se afastar das missões perigosas para ter mais tempo em família, quando tudo acontece. O que se segue é um filme muito rápido de suspense e ação, instigante e realmente de boa qualidade cinematográfica – são impressionantes as cenas da multidão de zumbis escalando os muros de Jerusalém. Tem um bom ritmo, gera aquela aflição sem precisar te dar susto a cada minuto e tem um bom roteiro. Confesso que zumbis não são exatamente a minha preferência, mas o filme tem um bom desfecho e deixa no ar a questão do contágio em escala mundial e o perigo da rapidez da informação, para o bem e para o mal.
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