MELHOR É IMPOSSÍVEL – As Good as it Gets

Cartaz do filme MELHOR É IMPOSSÍVEL – As Good as it Gets

Opinião

No estilo engraçado e espirituoso de Alguém Tem que Ceder, Jack Nicholson constrói um personagem inesquecível em MELHOR É IMPOSSÍVEL, que tem transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e tenta lidar com suas manias com o sorriso e trejeitos que só ele sabe fazer. Apesar do mau humor e da fama de rabugento, seu personagem é adorável – e engraçadíssimo.

A ideia aqui é fazer rir – e consegue. As situações por que passa Melvin (Jack Nicholson, também em O Iluminado, Um Estranho no Ninho, Alguém Tem que Ceder, Laços de Ternura, Antes de Partir) fazem deste filme um programa delicioso de assistir. Sua parceira Carol (Helen Hunt, também em Náufrago) é uma garçonete, que não vai trabalhar alguns dias porque o fica doente – ela também venceu o Oscar pelo papel. Melvin fica desesperado – sair da rotina, adequar-se aos imprevistos e improvisar é algo dificílimo para ele, que estabeleceu uma forma metódica de vida para conviver com suas manias. Essa situação faz aflorar nele uma vontade de ser uma pessoa melhor – nem que seja para continuar alimentando seus vícios. Para apimentar a história, o personagem de Greg Kinnear (também em Pequena Miss Sunshine) dá um toque todo especial e vira fonte de inspiração para as pérolas de Melvin.

É por causa de filmes como este – um humor inteligente e humano – que algumas comédias românticas soam banais, sem graça, sem inteligência emocional. MELHOR É IMPOSSÍVEL não pretende ser grande coisa e por isso cria uma empatia com o espectador. Afinal, fala das nossas manias de cada dia. Coisa séria, num tom nem tão sério assim!

 

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