WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO – Whiplash

Cartaz do filme WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO – Whiplash
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Opinião

Whiplash tem uma força que impressiona. E ela vem de todos os lados, pressiona cada um dos personagens sem descanso, suga até a exaustão completa. Passa dos limites da saúde e do fair play. E o que mais chama a atenção é que a força é sempre impulsionada não pelo desafio de vencer, mas pelo desafio derrotar o outro – o que parece a mesma coisa, mas tem uma grande diferença.

Andrew (Miles Teller) é um talentoso baterista, que consegue uma vaga no melhor e mais disputado conservatório do país. Determinado a fazer sempre o seu melhor e convencido de que a música é a sua vida, tem que aprender a lidar com a rigidez, exigência e extrema crueldade do regente Terrence Fletcher (J.K. Simmons, que venceu o Globo de Ouro, o Bafta e o Oscar como melhor ator coadjuvante). Seu dom é lapidado na base de muito grito, xingamento, suor e sangue nas mãos. Os limites da sensatez física e psicológica são ultrapassados, sem qualquer perdão (no trailer abaixo já da para ter uma noção do drama).

E é mesmo dramático, um dos melhores filmes do ano. O subtítulo Em Busca da Perfeição vai direto ao ponto, mas com pitadas ácidas de egocentrismo, sarcasmo e cinismo construídas minuciosamente pelo jovem diretor Damien Chazelle, vencedor do Festival de Sundance com esta obra. O roteiro guarda grandes surpresas e um desfecho incrível e inesperado. Regado à boa música, imagino que emocione especialmente os instrumentistas e profissionais da área. Mas Whiplash fala diretamente com todos nós, obrigando-nos a manter o equilíbrio em cima da uma corda bamba durante os 100 minutos de filme. Dramático e genial no limite.

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