X-MEN, PRIMEIRA CLASSE – X-Men, First Class

Cartaz do filme X-MEN, PRIMEIRA CLASSE – X-Men, First Class

Opinião

Cine Garimpo não me deixaria mentir se agora eu dissesse que adoro filmes de super-heróis. É só entrar no blog e ver que não há realmente muitos deles por aqui. Mas o que li sobre X-Men, Primeira Classe me chamou a atenção e resolvi checar. Fiquei surpresa, não só com o filme, mas com a minha reação. Mas atenção: este comentário não vale para quem é fã da série, para quem conhece de cor os personagens-mutantes, suas aventuras e poderes, assim como todo o histórico dos outros três filmes que vieram antes.

Este comentário é para pessoas como eu, que não dão preferência para este tipo de filme, mas que tem curiosidade em saber por que séries de ficção científica como esta fazem sucesso. Pelo que ouvi, este filme é até melhor que os anteriores – a história dos super-heróis mutantes foi criada em 1963 pela Marvel Comics, hoje parte da Walt Disney Company. Gostei de ter assistido, achei o roteiro muito bom e a história em si, bastante interessante. Para quem não sabe, em X-Men, Primeira Classe o diretor Matthew Vaughn conta como surgiram os mutantes e explica quem é quem na história. Volta aos primórdios, quando o professor Charles Xavier, o Professor X, o mais poderoso telepata do mundo, ainda é jovem e resolve reunir todos os mutantes espalhados por diversos lugares, para treiná-los e ajudá-los a controlar seus poderes. Isso em plena Guerra Fria, no exato momento da crise dos mísseis de Cuba, em 1962. É dessa experiência que surgem os mutantes Magneto (Michael Fassbender, também em Bastardos Inglórios), Mística (Jennifer Lawrence, também em Inverno da Alma) e os outros: Destrutor, Fera , Banshee, Darwin e Angel. Todos eles a princípio lutam contra o arquirrival Sebastian Shaw (Kevin Bacon, também em Frost/Nixon), mas seus princípios de bem e mal acabam falando mais alto e os mutantes se separam criando duas legiões opostas.

Pensando naquilo que mais me agradou e levando em conta que este não é meu gênero predileto, eu diria que foi a qualidade da produção e o cuidado na construção dos personagens principais. Todos eles lidam com questões humanas de aceitação seja do passado, seja da aparência, seja dos próprios super-poderes que os fazem especiais e dificultam sua convivência em sociedade. Tratando dessa angústia “humana”, os mutantes escolhem, cada um de acordo com sua história e seus princípios, que caminho seguir. E isso é de fato muito bem preparado e pensado pela direção. Quem entrar para assistir X-Men, Primeira Classe e tiver em mente que vai ver um filme de ficção científica, de super-heróis, não se decepcionará. Fiquei até curiosa para conhecer os outros da série. Talvez seja uma viagem interessante, agora em ordem cronológica, já que este, Primeira Classe, é o princípio de tudo.

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