UMA VIAGEM EXTRAODINÁRIA – L’Extravagant voyage du jeune et prodigieux T.S. Spivet

Cartaz do filme UMA VIAGEM EXTRAODINÁRIA – L’Extravagant voyage du jeune et prodigieux T.S. Spivet

Opinião

É importante localizar o diretor Jean-Pierre Jeunet, porque ele não é daqueles que faz cinema trivial, objetivo. É dele O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, só para citar o mais famoso. Uma Viagem Extraordinária tem um toque dessa fantasia de Amélie, seu colorido, mas principalmente a mensagem de que é preciso seguir o instinto – mesmo sem saber onde ele vai levar.

Apesar disso, confesso que T.S. Spivet, na pele do talentosíssimo ator de 10 anos, me fez lembrar a menina Olive de Pequena Miss Sunshine que também moveu mares e montanhas e cruzou o país em busca do seu sonho. E mais, mobilizou a família toda e fez uma viagem transformadora. Spivet também é protagonista do improvável, mas a fotografia, o visual e o roteiro garantem que você embarque no road movie sem se dar o trabalho de se perguntar se tudo isso seria possível – e provável.

T. S. Spivet mora em Montana, no meio do nada. É um precoce cientista, sente-se carta fora do baralho na família composta pela mãe avoada, pelo pai caubói e pela irmã adolescente e sonha em ser reconhecido – e amado. Inscreve seu invento no prestigiado Smithsonian Institute, em Washington, e é convidado para ir até lá receber o prêmio. Faz a mala e embarca de gaiato num trem – mesmo sem ter a menor ideia da dimensão que a decisão vai tomar na sua vida.

Gosto do título Uma Viagem Extraordinária – que em francês é mais completo ainda e fala da “extravagante viagem do jovem prodígio T.S. Spivet”. De acordo. Tudo isso pra dizer que além de o fato de cruzar o país ser algo extraordinário mesmo, mais inusitado ainda são as descobertas feitas através das mais incertas decisões. E tem todo um toque da magia e do movimento do road movie que é transformador por si só. A Miss Sunshine é o que o diga.

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