UM DOCE OLHAR – Bal

Cartaz do filme UM DOCE OLHAR – Bal
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Opinião

Bal significa “mel” em turco. Isso porque a história gira em torno de uma família cujo pai é apicultor. Vivem nas montanhas da Turquia e tão movimentada quanto a floresta que circunda a casa e a escola, é a vida familiar do casal e do filho. Digo isso logo de cara porque o foco de Um Doce Olhar é a observação e o olhar dos personagens.

É o pequeno Yussuf (Bora Alta) que dá o ritmo do filme e o tom de observação, que cabe também a nós, espectadores. Yussuf vai à escola, volta para casa, acompanha o pai na busca pelas abelhas e por seu mel. Seu olhar é doce sim, mas muitas vezes incompreendido e solitário. Típico ambiente longínquo de montanha, que segue o ritmo do barulho da chuva e do vento. Um filme sobre as relações humanas, sobre as dificuldades de lidar com o outro, sobre a admiração, a dor da ausência, as descobertas do mundo, mas também sobre a percepção do ambiente ao redor.

Por isso Um doce olhar é tão lento, mas é bonito e sauve. As cenas parecem acontecer em tempo real.  É preciso ter paciência e gostar dessa apreciação ao ritmo da natureza. Os diálogos são raros e muitas vezes sussurrados, portanto essencialmente contemplativo e enxuto. Essencialmente “para pensar”.

Vencedor do Urso de Ouro em Berlim em 2010, o filme é o terceiro da trilogia Yumurta (Ovo), de 2007, e Sut, (Leite), de 2008, em que o personagem já ganha outra dimensão como adulto e adolescente, respectivamente.

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