TUDO FICARÁ BEM – Alting Bliver Goot Igen

Cartaz do filme TUDO FICARÁ BEM – Alting Bliver Goot Igen
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Opinião

Os últimos instantes de Tudo Ficará Bem são preciosos. São eles que vão esclarecer parte da trama, da loucura, das alucinações e das verdades de todo o filme. Digo parte, porque boa parcela fica sem uma lógica explicação. Portanto, toda atenção aos detalhes é pouco. Genialidade do diretor e roteirista Chistopjer Boe. Ao mesmo tempo em que não me deixou desviar a atenção do filme um só minuto pela dramaticidade e suspense, deixa suspensos alguns fatos e questões entre os personagens que perpetua o mistério do filme mesmo quando ele termina.

Duas coisas me impressionaram muito, contribuindo para esse clima de não-consegui-nem-piscar. A fotografia faz um jogo com a luz ofuscante do sol e com o uso de maquetes representando cenas do próprio filme, numa alusão, me parece, ao jogo da manipulação de personagens e de vidas, numa tentativa de chamar a atenção para aquela cena específica, como se ela fosse chave para entender o que se passa. E o roteiro, picotado, com cortes rápidos e uma narrativa nada linear, instigam e confundem, sugerem e não revelam. Inteligente! Este é o clássico filme que deve ser visto duas vezes. Saí do cinema achando que entendi. Depois de uns instantes, já tinha mais dúvidas do que conclusões.

Digo isso tudo para não contar o que nem sei se é verdade. Nem o personagem de Jens Albinus sabe. Roteirista ele mesmo, tem mais um filme para fazer e não consegue finalizar o trabalho. Na tentativa de encontrar uma boa história, acaba recebendo informações de atrocidades cometidas por soldados dinamarqueses no Iraque; na tentativa de se realizar o sonho de ser pai, precisa arrumar os papéis para adoção de uma criança, como tanto sonha sua mulher. Essas duas tentativas pautam o filme e os 90 minutos de tensão. O que é loucura, o que é realidade?  Responda se for capaz. Eu ainda preciso de mais uma sessão para que tudo (ou quase) fique bem.

Estreia dia 12 de agosto nos cinemas.

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