TRUMAN

Cartaz do filme TRUMAN
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Opinião

Nem só de Ricardo Darín vive o cinema argentino, mas que a produção e onipresença dele é incrível, isso é. Só aqui no Cine Garimpo são 13 filmes assistidos e publicados. E digo mais: sua presença não se restringe só ao argentino, porque este é espanhol, do cineasta catalão Cesc Gay, também de O Que Os Homens Falam – outro bom filme sobre as questões masculinas.

Truman é um filme essencialmente sobre a amizade. Mas entre homens – o que é bem diferente. Darín é Julián, um sujeito que se relaciona muito bem com seu cachorro Truman, seu companheiro fiel de sempre, mas lida mal com as relações: está distante do filho, guarda situações mal resolvidas com os amigos, vive no seu canto. Não chega a ser tão rabugento como seu personagem em Conto Chinês, mas está na cara que não é de grandes afetos. Até que um antigo amigo se despenca do Canadá para Madri para visitá-lo, quando descobre que Julián está com um câncer em estado avançado.

A leitura de Truman pra mim é a seguinte: lidar com quem não contesta, não discorda, não tem outros desejos que não os nossos, é tranquilo. Por isso o dito do cachorro como melhor amigo do homem faz tanto sentido. O duro mesmo é lidar com pessoas, vontades, egos, temperamentos e expectativas mil. Sabendo que vai morrer, Julián se sensibiliza pra encontrar uma pessoa que adote Truman, mas principalmente é um momento de rever as relações, resolver as mágoas e deixar o caminho interior aberto pra o que vem pela frente. Mesmo que não seja o seu filme mais tocante, fala a linguagem universal da amizade e das sempre complexas relações humanas. Por isso vale seu ingresso. Mas também vale por Darín e pelo ator espanhol Javier Cámara (também em Viver É Fácil com os Olhos Bem Fechados, Fale Com Ela). A química entre eles é excelente e isso faz toda a diferença.

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