SUPERPAI

Cartaz do filme SUPERPAI

Opinião

Espreme daqui e dali, mas não sai suco nenhum de Superpai. Só um gosto amargo e uma certeza: comédias como essa são capazes de atrair grandes bilheterias, ganhar dinheiro e garantir que outras da mesma estirpe sejam produzidas. Loucas pra Casar, por exemplo, já arrebatou mais de 3 milhões de espectadores. Agora, quantas pessoas foram assistir a Boa Sorte, o ótimo filme com Deborah Secco? Pois é, pouca gente. E vale seu ingresso.

Desabafos à parte, vou ser breve. Superpai é uma comédia que não me fez rir. É mais do mesmo, com aquele viés da apelação e da sensualidade vulgar. Chato, entra na mesma prateleira de Se Puder… Dirija!, de Paulo Fontanelle e com certeza não vale seu ingresso, nem seu tempo na hora que o filme estiver disponível na televisão. Até que a proposta do enredo poderia render boas risadas, porque não há quem não se identifique. Diogo (Danton Mello) é um sujeito infantil, sem responsabilidade e que vive de papo pro ar enquanto a mulher trabalha. Está sonhando há anos com  uma festa em que vai encontrar a turma do colégio e enfim realizar um antigo desejo: transar com a garota mais bonita da época. No dia da festa, sua sobra fica doente e ele tem que cuidar do filho. Claro que sua programação vai por água abaixo e Diogo e seus amigos aprontam.

Cheio de clichês, situações bobas e sem graça, Superpai é daqueles filmes que me dá uma preguiça imensa. Sem falar no desânimo. Pedro Amorim dirige também Mato Sem Cachorro, que não tem nada de especial, mas é simpático – e pelo menos não tem a vulgaridade e esse nivelamento por baixo de Superpai.

Trailers

Comentários