ROCK OF AGES – O FILME – Rock of Ages

Cartaz do filme ROCK OF AGES – O FILME – Rock of Ages

Opinião

Rock of Ages foi um musical feito para o teatro, agora adaptado para a telona. Tem um ar naïve, até meio brega, da menina simples e ingênua do interior que vai para a cidade grande sonhando em ser uma famosa cantora e atriz. Estamos em 1987, portanto o que você vai ouvir são músicas da década, que contam uma previsível e batida história de amor e outra de fama e decadência.

O enredo não tem nada de mais – aliás, tem de menos. Sherrie (Julianne Hough) é a garota do interior que vai para Hollywood; Drew (Diego Boneta) trabalha num famoso bar de rock e sonha em ser roqueiro. Claro que se apaixonam, que algo dá errado e que o final você também consegue prever. Ao cantarem “Don’t Stop Believing”, já consagram o romance-clichê. Portanto, se o filme fosse só a história dos dois, eu diria que daria para a Sessão da Tarde. Mas entra em cena o personagem de Tom Cruise, o lendário e agora decadente roqueiro Stacee Jaxx, que é quem chega para dar um pouco de graça. Representa a legião de estrelas do rock que encontra-se numa fase impopular e depressiva, sem que para isso seja preciso perder a arrogância ou o discurso “você-sabe-com-quem-está-falando?”. Cruise está bem no papel, lembra até seu personagem em Magnólia, que se escondia atrás do sujeito seguro, dono da situação, para não revelar a solidão e a tristeza.

Puxados por Cruise, está outro núcleo de bons atores como Paul Giamatti, Alec Baldwin e Russel Brand, que tem uma presença importante, dando ao filme um toque sutil de comédia com pitadas de humor inteligente. Para quem não gosta desta coisa dos musicais, em que de repente os figurantes de uma cena começam a cantar, dançar, a locação vira cenário e tudo e todos vestem fantasia, as cenas do núcleo do roqueiro Stacee Jaxx quase que compensa o fraco enredo do casal de jovens. Assisti ao filme no avião. Cumpriu o papel de distrair e dar algumas risadas. Mas dá para passar sem.

Trailers

Comentários