RICKI AND THE FLASH: DE VOLTA PRA CASA – Ricki and the Flash

Cartaz do filme RICKI AND THE FLASH: DE VOLTA PRA CASA – Ricki and the Flash

Opinião

Pode parecer exagero, mas me emocionei com a energia de Ricki and the Flash. Tudo depende do seu estado de espírito: se está sensível ao tema família, aos rearranjos necessários e às implementações de vários planos B no decorrer dos anos, pode se preparar porque a trajetória dessa mãe-roqueira vai pegar. Se esse não for o seu momento, a diversão é garantida: Meryl Streep camaleoa ataca novamente, é engraçada e honesta com seus trejeitos e inseguranças, e garante o começo, o meio e desfecho do filme com muita simpatia. Tudo isso pra dizer que, independente do seu estado de espirito, Ricki and the Flash: De Volta pra Casa vale o seu ingresso.

Meryl Streep não para de produzir. Só pra citar alguns personagens que estão frescos na memória, ela já foi a bruxa na fábula Caminhos da Floresta, a mãe amarga em Álbum de Família, Margaret Thatcher em A Dama de Ferro, a cozinheira de mão cheia Julia Child em Julie & Julia, a freira sisuda em Dúvida, a chefe implacável em O Diabo Veste Prada, e tantas outras mulheres em Pontes de Madison, As Horas, Kramer X Kramer. Mas ainda me surpreendo com ela. Na pele de uma guitarrista que deixou marido e filhos pequenos para seguir o sonho da carreira, que delegou o papel de mãe e que colhe os amargos frutos dessa escolha depois de velha, Ricki tem a honestidade necessária para ter graça e drama genuínos.

Dizer que ela tem boa liga com os demais personagens  é chover no molhado. Quando é que não tem? Kevin Kline (também em Minha Querida Dama) é seu ex-marido alto astral, Mamie Gummer (também na serie The Good Wife) sua filha na vida real e no filme e são eles que dão o tom da comédia, do drama, da música e de como pretendem dançar a partir desse momento de virada. Ricki and the Flash, o nome da banda, não precisaria desse subtítulo tolo da versão brasileira. Pode esquecê-lo, deixe-se embalar pela som de que Meryl realmente faz em cena e descubra qual é o seu estado de espírito no decorrer do filme. Se o filme te tocar de uma forma ou de outra, não fique constrangido. Família é assim mesmo: muda, transforma, mas sempre emociona.

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