PEGANDO FOGO – Burnt

Cartaz do filme PEGANDO FOGO – Burnt

Opinião

Parece que a moda de filmes com o viés gastronômico pegou mesmo. E não é só cinema, tem as séries e programas de televisão também. E caiu no gosto pelo seguinte: além da profissão “chefe de cozinha” estar em alta e se inserir num roteiro de glamour mundo afora, a arte da gastronomia serve como uma metáfora para diversas áreas da vida. Dá pra falar de relacionamento, persistência, perfeição, inovação e talento nato. Um bom filme sobre o tema acaba sendo recheado de emoções variadas e por isso normalmente é muito saboroso – em todos os sentidos.

Filmes como Pegando Fogo são boas ferramentas motivacionais. Veja o caso do personagem de Bradley Cooper (também em O Lado Bom da Vida). Adam Jones é um chef renomado em um restaurante chiquérrimo de Paris, põe tudo a perder por causa do seu gênio do cão, da bebida e das drogas. É perfeccionista ao extremo, desce até o fundo do poço e precisa recomeçar. Ou melhor, quer provar que pode, mas é claro que se não mudar o comportamento não dá pra trabalhar em equipe – que é, junto com as receitas e ingredientes, a alma da cozinha.

Dá pra fazer uma leitura também não literal do título Pegando Fogo – Adam está sempre incitando desentendimentos e competição e não tem tempo a perder. Quem entra fazendo o meio de campo é a personagem de Sienna Miller, que também contracenou com Cooper em Sniper Americano, e Daniel Brühl (também em A Dama Dourada, Adeus, Lênin!), o dono do restaurante que aposta suas fichas no talento de Adam.

O filme tem ritmo e uma história fácil de se identificar – mesmo que você tenha que transportar o ambiente da cozinha para a sua realidade. De quebra, se você entender de gastronomia, vai se deliciar com as receitas e preparos. É de dar água na boca.

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