O MENINO E O MUNDO

Cartaz do filme O MENINO E O MUNDO
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Opinião

Há algum tempo, publiquei uma lista de animações que fogem do tradicional. Entre eles estão o espanhol Chico e Rita, o francês Persépolis e o israelense Valsa com Bashir. Estamos acostumados com o traço da animação dos grandes estúdios americanos – que nem nos surpreende tanto assim, tamanha é a tecnologia. E, que fique bem claro, isso não é demérito, é só uma característica e as produções são incríveis. Mas estão dentro da zona de conforto e sair dela é sempre um convite tentador.

O Menino e o Mundo pertence a essa safra, que inova, traz um colorido diferenciado, um traço com personalidade e uma história que fala com todos nós. Adultos ou crianças, todo mundo entende que o menino, que parece um esboço bem simples e infantil à primeira vista, vai se tornando mais complexo à medida que caminha pelo mundo em busca de seu pai e encontra uma nova realidade e um planeta sendo destruído. Dá para falar de família, da migração do campo para a cidade, do crescimento desordenado das metrópoles, da mecanização do trabalho humano, do desemprego, da solidão, da vida como ela é.

Visualmente, O Menino e o Mundo é um encanto, assim como é o jardim da sua imaginação e como são suas cores e formas. Mas não deixe de prestar atenção na trilha sonora, que conta com a participação do rapper Emicida, do percussionista Naná Vasconcellos e do grupo musical Barbatuques, que tira som de qualquer objeto possível. O resultado é poético e tão integrado, que parece uma coisa só. Fortalece a experiência que o filme proporciona. Ou melhor, possibilita que este filme seja realmente uma experiência. No mínimo, diferente. Mas garanto que você vai viajar muito além do mínimo.

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