O MENINO DO PIJAMA LISTRADO – The Boy in the Striped Pijamas

Cartaz do filme O MENINO DO PIJAMA LISTRADO – The Boy in the Striped Pijamas

Opinião

O Menino do Pijama Listrado tem como tema o holocausto, só que desta vez os protagonistas são crianças. Embora o assunto sempre impressione, marca ainda mais quando tem criança envolvida. Mexe com o medo da perda, com o temor que temos de que os filhos sofram e isso toca fundo. Os instintos materno e paterno de proteção são insuperáveis e e não tem como não se impressionar com o desfecho.

Mas quero deixar claro que achei o filme, baseado no livro homônimo de John Boyne, inverossímil. Faz já alguns meses que assisti e agora que parei para escrever me dei conta de como isso me incomodou. Alguns atores não me convencem, principalmente David Thewlis, que faz o pai do menino Bruno (Asa Butterfield). Parecem atuações artificiais e uma filmagem muito comercial. O fato de ser falado em inglês não chamaria atenção, já que muitos filmes sobre o tema o são, mas neste caso é uma somatória.

A história é a seguinte: Bruno é filho de um oficial nazista, nomeado como responsável por um campo de concentração localizado em uma região remota. A família é transferida para a área vizinha ao campo, mas não sabe na realidade o que se passa por lá. Começa a questionar a fumaça preta, o odor estranho, os moradores daquela suposta “fazenda” vestidos de “pijama listrado”. Sem ter com quem brincar, Bruno vai explorar a área e conhece o menino judeu Schmuel, também de 8 anos, preso no campo.

Essencialmente, o filme fala da ingenuidade infantil, da amizade entre os dois meninos, do medo dessa relação que estava fadada à “inimizade”. Mas sobretudo da construção da mente perversa, da lavagem cerebral feita com a juventude que se aliou a Hitler – e que pode ser usada para qualquer fim preconceituoso e autoritário, sempre que o homem deseje dominar o outro.

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