MISSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA – Mission: Impossible – Ghost Protocol

Cartaz do filme MISSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA – Mission: Impossible – Ghost Protocol

Opinião

Do muito que já foi dito sobre o quarto filme da série Missão Impossível, só me resta reiterar que sim, ele vale o seu ingresso de cinema. Seja ação o seu gênero de filme ou não, você vai curtir a aventura desses agentes, que agora sem o respaldo da agência de agentes secretos americana, a IMF (Impossible Missions Force), seguem por sua conta e risco em uma missão que começa em Budapeste, passa por Moscou, Dubai e termina em Mumbai, na Índia. O itinerário dá dinâmica e diversidade, que são muito bem-vindos em filmes assim.

Recheado de muita ação e suspense, com humor sutil nas horas precisas e nas situações mais extremas, o diretor Brad Bird, especialista em animações no estúdio Pixar como Ratatouille e Os Incríveis, acerta no tom: embora agentes especiais, são de certa forma humanizados em suas fraquezas e perdas – cada um deles demonstra abertamente suas falhas pessoais e problemas mal resolvidos, o que parece formar um time que se completa e tem de fato algo em comum.

Ethan Hunt (Tom Cruise) é resgatado da prisão em Moscou para liderar uma arriscada tarefa dentro do controlado Kremlim. Mas há criminosos atrás dos mesmos arquivos secretos, que conseguem explodir o prédio do poder russo. Ethan é responsabilizado pelo atentado, perde o respaldo da IMF e a missão daqui por diante passa a ser um “protocolo fantasma” – ou seja, sem retaguarda logística, nem autorização para atuar. Mas nem por isso fica menos envolvido na perigosa trama de códigos de armas nucleares. Com um time composto pelo especialista em tecnologia Benji (Simon Pegg), o ex-agente Brandt (Jeremy Renner, também em Guerra ao Terror) e a decidida Jane (Paula Patton, também em Preciosa), embrenham-se em jogo estratégico de pura sobrevivência e já não têm como evitar as confusões, perseguições e tudo mais que você pode imaginar.

Tom Cruise diz a que veio com seu estilo inconfundível, mostra que está em forma e tem presença de novo nas telas. Ele é o produtor de todos os filmes da “franquia” (como estão dizendo por aí) e fez questão de não trabalhar com dublês na cena em que escala o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai. É de tirar o fôlego. Obviamente os efeitos são incríveis – temos realmente a impressão de que ele está sem qualquer equipamento de segurança (os cabos de aço foram apagados digitalmente). É ele em pessoa do começo ao fim. Um filme de ação para ninguém botar defeito.

Cada um dos filmes da série tem um diretor diferente, escolhidos por Tom Cruise. Interessante essa ideia, já que muitas vezes fica difícil fazer a sequências sem cair em clichês ou mesmices. Assim, cada um imprime seu estilo e seu histórico como cineasta, tendo como espinha dorsal a trajetória dos agentes da IMF. Lembro-me bem do primeiro filme da série, mas não dos outros dois – o primeiro foi realmente mais marcante. Deveria ter feito isso antes, assistir aos outros, relembrar como tudo se passou, embora não seja imprescindível para entender o que acontece. No fim, literalmente, tudo se esclarece e fica realmente a sensação de que vale a pena prosseguir com a ideia. Será que o galã vai ter fôlego?

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