MAR ADENTRO

Cartaz do filme MAR ADENTRO
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Opinião

Num mergulho trágico, Ramón Sampedro fica tetraplégico ainda jovem e passa os 29 anos seguintes preso a uma cama e, consequentemente, dependente de seus familiares. Tem uma meta clara: retomar a dignidade. E isso, pra ele, é morrer.

MAR ADENTRO conta essa história real com pano de fundo da Espanha católica onde a eutanásia é crime, assim como na esmagadora maioria dos países. Por isso, embora Sampedro recorra à justiça para ter a permissão de fazê-lo, o direito de morrer lhe é negado. Convencido do que queria, elabora quase que um plano para morrer tomando cianureto, de modo que seus amigos não fossem condenados por homicídio. Tudo é minuciosamente montado e ele grava um vídeo – disponível na internet com o verdadeiro Sampedro — em que aparece tomando o veneno e partindo.

Tudo isso é mostrado no filme de uma forma bastante real, por vezes até com humor. Tem horas em que parece até ele encontra alento no amor paternal pelo sobrinho, na dedicação da cunhada, na vivência do amor pela advogada Julia. É ela quem dá o apoio na jornada até a eutanásia e escreve um livro registrando a vida de Ramón. MAR ADENTRO é temperado com o que temos de mais precioso: as relações. Quem assistiu a O Escafandro e a Borboleta, é inevitável fazer o paralelo. São corpos que não se mexem, mas mentes em ebulição produzem suas histórias de vida pra deixar como legado em livro.

 

Oscar e Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro em 2005, Prêmio Goya de melhor filme, ator principal, diretor, fotografia, atriz principal

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