MAMUTE – Mammuth

Cartaz do filme MAMUTE – Mammuth

Opinião

Gosto de alguns dos filmes de Gérard Depardieu, mas confesso que implico um pouco com o ator. Sei que é subjetivo dizer isso e que o fato de eu gostar ou não dele não é argumento para dizer que o filme é bom ou ruim. Com isso em mente, também confesso que tentei me despir desse pré-julgamento, mas foi em vão. Achei Mamute sem graça e a figura de Depardieu, mais parecida com um “leão” em péssimo estado, me deixou impaciente.

Vamos ao que eu gosto do ator – pra tentar justificar que não é uma implicância gratuita. Recentemente ele fez o ótimo e realmente sensível Minhas Tardes com Margueritte, o curioso e bacana Potiche – Esposa Troféu e, em 1998, o ótimo Camille Claudel, em que ele faz o papel do escultor Rodin e atua também com Isabelle Adjani. Também fez Piaf – Um Hino ao Amor e um dos quadros de Paris, Eu Te Amo. Portanto, há produções interessantíssimas. E acho que exatamente por isso coloco Mamute no final da lista de todos esses acima.

Não consegui simpatizar, nem me identificar, com a figura do seu personagem em Mamute. Serge é um sujeito que trabalha num matadouro, está em vias de se aposentar e precisa sair em busca dos papéis de seus antigos empregos (muitos deles informais) para conseguir receber a aposentadoria. Em sua moto Mamuth (daí o título, embora associe também com a figura do ator), ele percorre cidades, antigos amores, revisita familiares, antigos amigos e desafetos e aproveita para pensar sobre a vida. Concordo com outros jornalistas quando dizem que o personagem de Depardieu em Mamute é um tipo marcante. De fato, mas para mim funcionou às avessas.

 

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