FATAL – Elegy

Cartaz do filme FATAL – Elegy
Direção:
Ano de lançamento:
Gênero:
Estado de espírito:
Duração:

Opinião

Parece clichê: um professor universitário (Ben Kingsley, de Gandhi), com pinta de intelectual e idade para ser seu pai, se interessa pela lindíssima aluna (Penélope Cruz), faz de tudo para conquistá-la e morre de ciúmes de sua juventude. Mas não é. Há pelo menos dois bons motivos para não deixá-lo passar: a força da química entre o casal e a força do roteiro, que vai ganhando corpo até chegar no desfecho – praticamente o clímax da história.

Kingsley vive David Kepesh, um carismático professor de literatura e crítico de arte, já ex-marido. Considera que seu casamento foi um erro, mantém as mulheres sempre sob controle, mas sem envolvimento emocional. Penélope Cruz dá vida à serena Consuela Castillo, linda, dona do seu nariz e por isso ameaça o controle que David tem sobre as relações amorosas. Surge a posse e o ciúme, a relação progride e regride, os interesses se chocam. Até que um acontecimento tem efeito transformador e tem força para quebrar os paradigmas.

A narrativa traz essa sensação da dualidade entre o prazer, a conquista, o efêmero, o distanciamento, o egoismo e a dedicação, a doação, o duradouro, a perda, a demonstração de afeto, a família.

Caí na armadilha de interpretar o título Fatal como algo ligado à sensualidade e ao ciúme. Não é. Reduzir o filme a isso seria uma injustiça. O original Elegy se refere a um poema em tom triste, normalmente por ocasião da morte de alguém, da perda. E acho que a escolha do termo “fatal” também tem a ver com isso.

Trailers

Comentários