ENTRE VALES

Cartaz do filme ENTRE VALES
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Opinião

Não Por Acaso, outro filme de Philippe Barcinski, é fora da curva. Singelo, delicado, intenso. Duro, sem ser tão amargo como Entre Vales. Senti que este filme não decola – e não decola mesmo. A ideia é trabalhar no fundo do poço onde o personagem de Ângelo Antônio vai parar, depois de sofrer uma terrível e irreparável perda.

O que não quer dizer que o filme não tenha seu mérito, tem sim. A começar pela forte presença do ator, que faz o drama ser realmente profundo. Para um dia baixo astral, não é lá filme recomendado. Mas permeia por nossas dificuldades humanas de lidar com o outro, com o sofrimento e com a necessidade de reinventar a vida quando ela entra, literalmente, no limbo.

Digo literalmente porque o Vicente, desesperado, vai parar no lixão, uma metáfora do que sobra do ser humano depois da perda. As imagens remetem bastante à Lixo Extraordinário, mas principalmente ao documentário Estamira, que conta a trajetória de uma senhora no aterro sanitário. Mais do que pensar se é algo crível ou não, o personagem de Vicente é uma alusão à essência do ser humano e às nossas origens. Na hora do sofrimento mais dolorido, somos todos iguais.

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