DIVÃ

Cartaz do filme DIVÃ

Opinião

“A gente só está tentando transformar uma vida chata em duas divertidas.”

Parece clichê – e é: uma mulher de 40 anos, que dedicou a vida aos filhos e ao marido, de repente se vê na monotonia e estabilidade da vida de dona-de-casa e começa com o discurso estilo “quem-sou-e-o-que-quero-da-vida”. Mas é contado com graça – assim como no livro de Martha Medeiros e no teatro, também com Lilia. Aliás, eu perdi, não fui ver.

É como uma comédia de costumes: Mercedes (Lilia Cabral) procura um analista, questiona seu casamento, suas relações, a indiferença mútua do casal, a monotonia dos anos de casamento. É como se tivessem estado juntos todos esses anos sem notar a presença e as mudanças do outro…

E assim ela parte para novas tentativas e experiências, tendo sempre o ombro da ‘melhor amiga’ para trocar idéias, chorar e dar risada. E a gente ri também – é engraçado e não há como não se identificar com algumas passagens da crise de identidade dos 40, a síndrome da crise “metade-da-vida-já-foi”, a certeza de ter que se reinventar.

O bom mesmo é quando a gente se reinventa junto com o marido – afinal, ninguém é o mesmo desde que casou e a graça é pensarmos que casamos várias vezes, mas com a mesma pessoa. Mas nem sempre é assim. No caso dela, o caminho foi outro e vale a pena conferir. É divertido.

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