COMER, REZAR, AMAR – Eat, Pray, Love

Cartaz do filme COMER, REZAR, AMAR – Eat, Pray, Love

Opinião

Comer, Rezar, Amar já tem, logo de cara, duas vantagens: a primeira é o fato de ser uma adaptação do best seller homônimo da escritora Elizabeth Gilbert, há 127 semanas na lista dos mais vendidos no Brasil. Embora adaptar uma obra seja sempre uma missão difícil, eu diria que o filme é a cara do livro. A segunda, e mais importante, é que conta com Julia Roberts como protagonista. É um chamariz por si só. A atriz se encaixa bem no papel e transmite a sensação de estarmos assistindo a uma comédia de costumes, que tem romance, pinceladas de humor e mensagens de auto-ajuda que facilmente criam empatia com o espectador. Nada muito profundo. São clichês, é verdade, mas quem se importa se a ideia é realmente se divertir?

A autora, Elizabeth Gilbert, é uma escritora descontente com o casamento, que resolve jogar tudo para o alto, tirar um ano sabático e escrever um livro contanto sua experiência nesse período. Do livro, nasce este filme. Quando abandona marido, casa, sociedade e estabilidade, segue em busca do autoconhecimento, dividindo sua temporada em três etapas: Itália, onde descobre o prazer da comida; Índia, onde aprende a meditar e espiritualizar-se; e Indonésia, onde volta a se apaixonar. Fora a caricatura do italiano galanteador e da mama controladora, o que mais chama a atenção para nós, brasileiros, é o ator espanhol Javier Bardem (ótimo em Mar Adentro e Vicky Cristina Barcelona) falando o mais puro ‘portunhol’ no papel de Felipe, um brasileiro que Liz conhece em Bali. O filme podia tranquilamente passar sem isso, ainda mais em se tratando de Bardem, sempre tão carismático e conquistador.

Mas assim como o livro, o filme tende a conquistar mais as mulheres. É um contexto romântico, afinal de contas. Além disso, muitas se deparam com questionamentos parecidos com os de Liz, identificam-se com a busca por essa vivência fora do ambiente habitual, com os entraves e decisões inerentes ao fato de ser mulher, com as dualidades por que passa a mulher moderna que quer liberdade de ir e vir, mas que sonha também com um bom e duradouro romance. Se ele acontecer nas praias de Bali, tanto melhor.

Estreia dia 1º de outubro nos cinemas.

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